REDAÇÃO DO DIÁRIO
Na abertura do Brazil National Tourism Mart (BNTM) que acontece de 8 a 10 de junho em Salvador, na Bahia, o secretário de Turismo do Estado, José Alves, concedeu entrevista ao jornalista Paulo Atzingen, editor do DIÁRIO. De acordo com o executivo, o Estado vive um bom momento, em especial Salvador, a despeito de toda recessão e crise política do Brasil. “Segundo pesquisa do IBGE, a Bahia cresceu 4,6% no turismo, sendo o 4° estado que mais progrediu nesse aspecto, ficando atrás apenas de Minas Gerais, Goiás e Santa Catarina”, afirmou ao DT. Acompanhe a seguir, a entrevista completa:
DIÁRIO – O que representa a BTNM na Bahia este ano, considerando o cenário político e econômico atual do país?
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JOSÉ ALVES – A Bahia vive um momento diferenciado, porque junto com os outros estados da Federação, continua com todo o seu pacote de investimentos. O governador Rui Costa realmente é um administrador fantástico, mantendo todos os investimentos com estradas, metrô e o turismo também. No momento em que ele autoriza a realização de um evento internacional, como este, aqui em Salvador, autoriza a divulgação na mídia, e assina um decreto de comtrapartida com as companhias aéreas é o que faz a diferença. A feira foi um sucesso de vendas de stands, já que em menos de 48 horas vendemos todos e ainda tivemos lista de espera; 130 bayers (compradores) que vieram de 12 países. Além, é claro, dos mais de 30 jornalistas (do Brasil e exterior) que vieram cobrir o evento, o que é muito importante na divulgação do nordeste e especialmente do nosso destino. A Bahia. Vamos na contramão dessa crise política e econômica, respondendo com muito trabalho e dedicação.
DIÁRIO – A Bahia está bem servida de voos atualmente?
JOSÉ ALVES – As companhias aéreas responderam à política do ICMS. Para julho, serão voos extras da Azul, GOL, TAM, Avianca, foras os internacionais que ainda serão divulgados. Teremos voos para Córdoba, Bogotá, Buenos Aires, até agosto, destinados a locais que possam atender as demandas de Boeing’s ou Airbus. Ilhéus e Porto Seguro também serão locais contemplados com o serviço, tendo em vista que estamos trabalhando para que mais aeroportos possam atender a necessidade desses voos. A Bahia tem 13 zonas turísticas no estado, e por isso há um grande esforço na reestruturação e construção de aeroportos. É um momento muito bom para a Bahia, nós respiramos turismo.
DIÁRIO – Com relação às linhas financiamento do período Pró-copa, como estão os hotéis na Bahia?
JOSÉ ALVES – Os hotéis atravessam um momento muito bom, e em Salvador, por exemplo, nós tivemos vários investimentos. Uma pesquisa do IBGE comparou o período de maio do ano passado até maio deste ano e concluiu-se que a Bahia cresceu 4,6% no turismo, o 4° estado que mais progrediu nesse aspecto, ficando atrás apenas de Minas Gerais, Goiás e Santa Catarina, porém o nosso estoque de vendas é muito maior do que dos estados que citei. Essa BNTM que ocorre em Salvador não é à toa, porque sabemos que a ocupação da capital baiana não está tão boa, assim como em outras capitais, como o Rio de Janeiro e São Paulo, que, segundo pesquisas, registraram um crescimento negativo muito forte e, ao contrário, Salvador foi positivo. Assim, essa feira realiza-se na capital justamente porque precisamos melhorar e reverter esse quadro para o segundo semestre, essa é a nossa aposta de divulgação, implementação de mais voos e propaganda, fazer com que os jornalistas e operadores realmente vejam como a capital está e assim ela cresça junto com estado na ocupação. Se Salvador crescesse de maneira harmônica às outras cidades, esse crescimento de 4,6% poderia dobrar. Entretanto, é sempre tempo de retomar e investir para que esse crescimento seja positivo.
DIÁRIO – Qual é a dotação anual para o turismo do estado da Bahia e exatamente para o que essa verba se destina?
JOSÉ ALVES – A dotação orçamentária da Secretaria do Turismo foi dividida. Basicamente, trabalhamos com eventos e também com o Prodetur (Programa de Desenvolvimento Turístico) e é o que estamos fazendo na Baía de todos os santos. O orçamento não é tão grande, mas o governo trabalha de forma diferente, trabalha com o formato de transversalidade. O que é bom para o turismo? A estrada. A Secretaria de infraestrutura constrói a estrada, como por exemplo, a estrada de Cairu. Esse investimento, teoricamente, deveria ser da Secretaria de Turismo, mas ela é responsabilidade da Secretaria de Infraestrutura, ou seja, todos os setores saem ganhando com esse formato de transversalidade, implantado pelo governador. No que tange a promoção, a Secom – Secretaria de Comunicação, ela concentra todo o investimento de divulgação do estado. Se eu quero divulgar por meio de panfletaria e colocar meu estado no mercado, é esse órgão que faz o serviço e assim por diante. Dessa maneira, existe a transversalidade dos orçamentos para podermos ter um controle de gastos, cada órgão operando com a ajuda do outro. Mas respondendo a sua pergunta, a dotação do estado para o turismo é de aproximadamente 2% por conta da divisão de orçamentos. Se há a necessidade de interação entre elas, acontece a aplicação da transversalidade.
