José Luiz Rizzato, diretor da Rizzatour, fala ao DIÁRIO

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Com saídas aos sábados e domingos, os trens turísticos que têm como destino Paranapiacaba, Mogi das Cruzes e Jundiaí operam em São Paulo desde meados de 2009. Procurados por todo tipo de público, jovens, adultos, famílias, as viagens de Trem remetem a um tempo nostálgico que ficou no passado, principalmente no Brasil. A operadora receptiva Rizzatour é responsável pela venda dos pacotes e passagens. O DIÁRIO entrevistou seu diretor, José Luiz Rizzato, acompanhe:

DIÁRIO – Vocês vendem pacotes para Paranapiacaba?

JOSÉ LUIZ – Temos uma parceria de cinco anos com a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e formatamos e comercializamos os roteiros que completam os passeios do trem. A gente chama de passeio complementar do expresso. Eu não vendo o trem. Eventualmente, quando o cliente tem dificuldades, eu compro a passagem e repasso pelo mesmo preço. Eu não vendo passagem, só compro para ajudar o cliente e formatar o pacote. O nosso trabalho são os passeios por Paranapiacaba, Mogi das Cruzes e Jundiaí.

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DIÁRIO – O que os pacotes oferecem?

JOSÉ LUIZ – Nos três destinos nós temos uma equipe, os guias, que acompanham o grupo. A diferença de Paranapiacaba é que o roteiro é a pé. No caso de Jundiaí e Mogi das Cruzes já temos o apoio de um ônibus de turismo, porque o deslocamento é bem maior. Em Mogi acontece todo segundo sábado (do mês) e Jundiaí os outros sábados. E todo domingo em Paranapiacaba.

DIÁRIO – Qual é o pacote que tem mais procura?

JOSÉ LUIZ – Se falarmos  sobre o trem, o que tem mais procura é o de Paranapiacaba, mas o destino que mais vem turistas para os pacotes é Jundiaí. Temos que entender a diferença. Paranapiacaba oferece uma série de opções mais próximas e baratas, então a procura do turista que, por conta própria, decide fazer suas atividades, é maior em Paranapiacaba. Temos, em média, 20 ou 30 pessoas por final de semana de um contingente de 175 pessoas que vão por trem. Isso em Paranapiacaba. Eventualmente nós temos um ou dois grupos de um carro ou um carro e meio cheio, mas é bem raro. Isso falando do roteiro formatado e operacionalizado pela Rizzatour. Em média 20 ou 30 pessoas que vão com a nossa operadora e fazem o roteiro dentro de um formato profissional. Os demais vão por conta própria.

Em Paranapiacaba a procura é tão grande que dois meses antes do passeio, na semana em que as vendas são abertas, já se vende os 175 lugares. Já em Jundiaí, as vezes ainda temos, na última semana, cinco ou dez lugares para vender. Temos, em média, de 50 a 100 pessoas que fazem os roteiros conosco por final de semana. São turistas que procuram algo mais elaborado, mais formatado.

DIÁRIO – Qual é o tipo de público, em geral, que procura esses serviços?

JOSÉ LUIZ – Tem algumas diferenças. Para Mogi e Jundiaí são mais famílias, as vezes pessoal mais velho. É comum, o trem tem esse lado mais nostálgico para pessoas mais velhas que acaba se juntando. Tem também o público mais jovem, que o busca por ser uma experiência nova, nunca viajaram de trem a longa distância, então acabam vindo… Já para Paranapiacaba o perfil é bem variado. São famílias mas tem um público mais jovem que, muitas vezes não está preocupado com o trem, ele quer chegar a Paranapiacaba de uma forma diferente e depois lá se virar, fazer uma trilha, visitar alguma cachoeira… São famílias mas a quantidade de jovens que vai para Paranapiacaba é maior.

 

Os trens turísticos que têm como destino Paranapiacaba, Mogi das Cruzes e Jundiaí operam desde meados de 2009
Os trens turísticos que têm como destino Paranapiacaba, Mogi das Cruzes e Jundiaí operam desde meados de 2009

DIÁRIO – Quanto custa a passagem para Paranapiacaba? E o preço dos pacotes?

JOSÉ LUIZ – O trem tem uma equação promocional interessante. Se você compra um, custa R$ 39,50. Se você comprar duas, três ou mais, as demais saem por R$ 20,00. É uma forma de estimular as pessoas a irem em grupos.

Estamos revendo os custos para a operação, mas hoje está funcionando assim: o pacote para Paranapiacaba é R$ 88, incluindo todas as  visitas pagas, o guia e o almoço, além do seguro viagem, que sempre fazemos. Para Mogi das Cruzes R$ 105, com as visitas, almoço, transporte e o guia. E Jundiaí R$ 120, com foco em turismo rural, com adegas de vinho, apiário, oferece-se almoço, com um caráter temático mais forte. Esses valores, sem a passagem.

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