Com o objetivo de saber a opinião de diversos players do setor turístico, entre eles hoteleiros e operadores, sobre suas expectativas para o ano que se inicia e ainda diante de um quadro econômico recessivo e uma política instável, o DIÁRIO ouviu porta-vozes do trade turístico.
DA REDAÇÃO – (RETROSPECTIVA 2017 – publicado em 9 de janeiro)
O ano começou praticamente nessa segunda-feira, 09 de janeiro. A maioria das empresas e instituições retornaram de férias parciais/coletivas e iniciaram efetivamente suas atividades. O DIÁRIO querendo saber como será 2017 para alguns setores, entrevistou porta-vozes do trade turístico, especialmente operadores e hoteleiros.
O primeiro entrevistado é José Zuquim, diretor da Ambiental Turismo. A Ambiental foi fundada em 1987 e atende três segmentos: viagens de lazer e turismo, viagens pedagógicas e de estudo do meio e viagens de incentivo.
DIÁRIO – O senhor pode fazer um prognóstico de como se apresentará o mercado de operadoras no primeiro semestre e segundo semestre de 2017?
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JOSÉ ZUQUIM: posso dizer que para as operadoras está tendo uma recuperação. O ano de 2016 foi atípico, mas um detalhe é que as agências online (OTA´s) estão tendo dificuldades, especialmente na oferta de hotelaria, o que não é o forte das operadoras. O que vendemos é o pacote completo. Mesmo assim, muitos clientes já estão migrando e buscando mais qualidade no serviço. Por isso 2017 deve ser um ano melhor.
DIÁRIO – Tendências apontam que com a economia recessiva o turismo internacional (emissivo) pode surpreender, o senhor concorda?
JOSÉ ZUQUIM: Mesmo com o mercado em recessão, as operadoras estão trabalhando. O final do ano parecia que ia ser difícil com Natal e Reveillón, mas foi positivo a venda de pacotes. Como trabalhamos em nichos, alguns não tiveram muitas interferências, como o caso do internacional, que não teve problemas tão significativos. O dólar deu uma fixada o que foi bom para o consumidor. No doméstico, trabalhamos muito com promoções de aéreo para incrementar as vendas.
Sobre a gestão Temer, prefiro não opinar, pois um ministério que não tem representatividade já é algo que não nos dá perspectivas
DIÁRIO – Como o senhor analisa o seu mercado (hoteleiro ou de operador) com o governo Temer em relação ao mercado nacional e governo Dória, em relação a São Paulo?
JOSÉ ZUQUIM: Não tenho muito o que comentar. Quanto à gestão do prefeito Dória vamos esperar. Mesmo que ele já tenha anunciado planos quanto à privatização de alguns equipamentos, senti falta de algo para qualificação. Sobre a gestão Temer, prefiro não opinar, pois um ministério que não tem representatividade já é algo que não nos dá perspectivas.