Proteção judicial garante continuidade da Voepass
Uma decisão judicial proferida na segunda-feira (17) assegurou que a companhia aérea Voepass não sofrerá apreensões de bens por um período de 60 dias, apesar da dívida de R$ 215 milhões com seus credores. Com essa medida, a empresa preserva sua frota e mantém suas operações regulares no Brasil.
O pedido de tutela preparatória faz parte do processo de reestruturação financeira da Voepass, buscando evitar a rescisão de contratos essenciais para sua continuidade. Segundo o juiz José Guilherme Di Rienzo Marrey, da Vara Regional de Competência Empresarial do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), a preservação da atividade da companhia está diretamente ligada à manutenção de sua frota.
“O principal ativo das requerentes são as 11 aeronaves que compõem sua frota e que são utilizadas diariamente no transporte de passageiros”, destacou o magistrado.
Dessa forma, os credores estão impedidos de adotar medidas que resultem na retirada dos aviões da posse da companhia durante o prazo estabelecido pela liminar.
Crise agravada por pandemia e acidente aéreo
No pedido apresentado à Justiça, a Voepass argumentou que sua situação financeira foi severamente impactada pela pandemia de Covid-19, que forçou a paralisação de suas operações por três meses, comprometendo seu fluxo de caixa. Além disso, a empresa enfrenta as consequências do trágico acidente ocorrido em agosto de 2023, quando um ATR 72-500, prefixo PS-VPB, caiu em Vinhedo (SP), vitimando todos os 62 ocupantes do voo 2283, que seguia de Porto Alegre para Guarulhos.
Próximos passos da Voepass
Em nota à CNN, a companhia informou que a decisão judicial permitirá a continuidade das negociações com seus credores, incluindo tanto pessoas físicas quanto jurídicas. A tutela cautelar concedida representa um fôlego essencial para a Voepass reorganizar sua estrutura financeira e buscar alternativas para superar a crise. (REDAÇíO DO DIÁRIO com informações da CNN e assessorias)