A Latam Airlines encerra 2020 com a perspectiva de recuperação gradual de voos e receita, e previsão de sair da recuperação judicial no segundo semestre de 2021, informa matéria do Valor Econômico. Com uma dívida de quase US$ 18 bilhões, a companhia que surge do brutal encolhimento do mercado aéreo, devido à pandemia da covid-19, está bem mais enxuta e com o caixa reforçado por um empréstimo de US$ 2,45 bilhões.
A Latam entrou em recuperação judicial nos Estados Unidos em maio deste ano. Em julho, a operação brasileira foi incluída no processo.
“Os US$ 2,45 bilhões são a quantia necessária para a companhia operar até a saída do plano de recuperação judicial. As dívidas criadas até 9 de julho estão congeladas e vão começar a ser pagas após a saída da recuperação judicial”, afirmou o presidente da Latam Brasil, Jerome Cadier, ao Valor. Além disso, observou, o caixa da companhia vem sendo reforçado com a recuperação gradual da venda de passagens aéreas. Ele disse que a previsão de saída no segundo semestre de 2021 está em linha com a estimativa inicial divulgada pela companhia, que era de encerrar o processo em 12 a 18 meses.
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“Estamos negociando com todos os arrendadores. Existe a possibilidade de devolver mais aviões no ano que vem ou fechar contratos mais longos, ainda não está 100% fechado”, afirmou o presidente da aérea. Hoje, 97% da frota global da Latam é arrendada.
“Não temos grandes decisões sobre frota. Mas a pandemia oferece uma oportunidade para otimizar a frota. Para voos internacionais temos aviões 767, 777, 787 e A350. Espero que a gente saia da pandemia com dois ou três tipos de avião”, disse Cadier. Sem citar números, o executivo afirmou que a quantidade de aviões para voos domésticos também pode mudar”.