Marcelo Marinho, diretor da Intercity Hotels, fala ao DIÁRIO

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Com o objetivo de saber a opinião de diversos players do setor turístico, entre eles hoteleiros e operadores, sobre suas expectativas para o ano que se inicia e ainda diante de um quadro econômico recessivo e uma política instável, o DIÁRIO ouviu porta-vozes do trade turístico. Marcelo Marinho, da Intercity Hotels é o próximo.

Da REDAÇÃO

O terceiro entrevistado que falou com o DIÁRIO sobre suas expectativas para 2017 – que se inicia – e ainda diante de um quadro econômico recessivo, foi Marcelo Marinho, diretor de Operações de Marketing da Intercity Hotels. Além de diretor da rede Intercity, Marcelo é membro do comitê de Marketing da HSMAI Brasil. A Intercity Hotels foi fundada em 1999 com um conceito de hotelaria inteligente e o primeiro hotel a ser inaugurado foi o hotel Intercity Gravataí, no Rio Grande do Sul.

DIÁRIO – O senhor pode fazer um prognóstico de como se apresentará o mercado hoteleiro no primeiro semestre e segundo semestre de 2017?

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MARCELO MARINHO: Estamos vivendo uma fase de poucas concretizações das previsões – o fato é que a crise está instalada e a mudança de governo ainda não se concretizou em melhora – obviamente a arrancada do ano para o segmento business está e sempre foi fraca – alguns mercados reagem melhor em função do turismo interno e a fase preventiva que estamos vivendo do turismo emissivo – porém mesmo com o lazer interno se beneficiando ainda vemos uma queda no consumo per capta assim como nas diárias médias – é o que chamamos do efeito cascata – o brasileiro não deixa de gastar porém faz escolhas mas econômicas.

Com certeza ainda teremos um 2017 muito sofrido sem sinais de melhoras significativas a curto prazo. Todavia o maior agravante na minha opinião é a combinação da superoferta com a crise, essa sim é a pior receita – em função da copa e das olimpíadas tivemos inúmeras praças que estão passando por fases de superoferta e isto sim é um agravante que só o tempo corrigirá.

DIÁRIO – Tendências apontam que com a economia recessiva o turismo internacional (emissivo) pode surpreender, o senhor concorda?

MARCELO MARINHOEmissivos? No caso, receptivo para o Brasil? Entrada de estrangeiros? Se sim, acho pouco provável – o turismo não depende apenas de condições econômicas e sim de fatores fundamentais como infraestrutura, planejamento e regulamentação de transporte aéreo, publicidade do destino massiva, imagem do destino vinculada principalmente a aspectos de segurança. Temos que nos lembrar que o turismo não tem fronteiras – todos os destinos concorrem entre si – o balanço do Brasil está muito negativo para nos surpreendermos com qualquer otimismo quanto ao turismo internacional.

Dória, acho que não vem da política e pode representar um suspiro para a cidade de São Paulo, vamos ver se o sistema permite. Tem muita coisa pra mudar no Brasil.

DIÁRIO – Como o senhor analisa o mercado com o governo Temer em relação ao mercado nacional e governo Dória, em relação a São Paulo?

Marcelo Marinho: Nossa estrutura política é muito engessada – Temer não representa a nova política. É o mesmo jogo e os mesmos personagens. Já Dória acho que não vem da política e pode representar um suspiro para a cidade de São Paulo, vamos ver se o sistema permite. Tem muita coisa pra mudar no Brasil.

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