Publicado originalmente dia 23 de setembro
Redação do DIÁRIO
Muito antes da chegada das redes sociais e de outras maneiras modernas de relacionamento virtual, a Funclick, de Marcio Beznos já permitia o entretenimento e a interação entre pessoas por meio da fotografia. “Desde 2002 entendíamos que as pessoas se relacionavam por meio de produtos e serviços afins. Hoje, com as redes sociais, isso se transformou, mas a essência, do compartilhamento, da troca, continua”, disse ao DIÁRIO, nesta entrevista exclusiva. “Foi essa a leitura que fizemos naquela época; que esse mercado, o percentual de empresas que ia se dedicar a esse marketing de relacionamento seria crescente ao longo dos anos”, acrescentou.
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Com uma visão antecipada do comportamento do mercado e compreendendo claramente o valor e o peso das informações sobre o cliente, Marcio, com seus totens, consegue imprimir alegria e descontração em eventos sociais e até nos corporativos, onde as pessoas estão mais sisudas. Acompanhe abaixo a entrevista, realizada durante um almoço na Trattoria Aurora, no centro de São Paulo.
DIÁRIO – Você pode explicar o conceito de seu negócio?
MARCIO ROSENBERG – O conceito é esse. Cada vez mais o poder está na mão das pessoas através dos celulares, mas isso não elimina uma necessidade do ser humano de se reunir, falar, e “estar em pessoa”. Foi essa a leitura que fizemos em 2005, que esse mercado, o percentual de empresas que ia se dedicar a esse marketing de relacionamento seria crescente ao longo dos anos. Acredito muito que isso está, de fato, se concretizando ou concretizado, já que, cada vez mais, vemos feiras setoriais crescendo, mais feiras dentro do mesmo setor, cada vez mais específicas, ou melhor divididas. Por isso fizemos essa aposta lá atrás.
O choque que temos hoje com esse novo poder dado para o consumidor exige que as empresas passem a ter um novo posicionamento frente a ele. Essa oportunidade de ouvir o consumidor em um momento de descontração, um momento em que se quebra as barreiras da formalidade, e consegue de fato entendê-lo melhor, é um valor quase incalculável.
É difícil dizer na hora o quanto um relacionamento pode valer. Em um mundo como o de hoje, o conceito de saber o que as pessoas pensam de você é mais importante do que nunca. A essência da Funcklic gira em torno desses valores.
DIÁRIO – Como você avalia o comportamento do público? Consegue diferenciar o público corporativo e o público jovem diante de um totem Funclick?
MARCIO ROSENBERG – A parte mais bacana de tudo é que apesar das diferenças principalmente do conceito, quando trabalhamos, exemplificando, com o mundo social, uma festa particular, um casamento, evidentemente os principais conceitos para que efetivemos uma venda não será tanto o cadastro e uma pesquisa que faremos, mas será a diversão que vamos levar para o ambiente e, certamente, posso dizer que você consegue fazer com que a dinâmica daquele evento se transforme com a nossa presença. Isso é uma verdade tanto para o mundo corporativo quanto para o social. Costumo dizer que o melhor para nós é trabalhar com um sistema que funciona no sentido de que não passemos despercebidos. Um evento com o Funclick e sem o Funclick não traz o mesmo resultado.
No caso de uma festa particular, conseguimos levar um clima de confraternização com as pessoas, elas se divertem com as fotos e termina sendo o centro de atenção da festa. Tem gente que passa várias vezes, sai com um bolo de foto. A foto impressa tem um valor incrível atualmente porque apesar de ser fácil e até barato de consegui-la, as pessoas não revelam.
DIÁRIO – O foto com o celular torna o momento efêmero…
MARCIO ROSENBERG – Estou oferecendo todo um trabalho de arte e personalização para cada evento, tanto no social quanto para o evento corporativo. Esse trabalho de personalização é muito importante para nós porque sabemos que essa é uma imagem que vai ficar para sempre. Cada foto que é feita e enviada para o email é eterna. Quando perguntam se a foto impressa é mais importante que a foto digital, costumo dizer que é difícil saber qual é mais importante. Acredito que ambas são. A foto entregue na mão causa um encantamento, uma surpresa, uma sensação muito forte no consumidor.
A foto mexe com uma coisa da memória que foi algo que eu não calculava antes de começar. É muito maior do que a gente imagina. Isso que eu acho bacana, porque termina ajudando muito nesse relacionamento de uma empresa com a pessoa.
DIÁRIO – No fundo, a Funclick cumpre um papel social que é fomentar o relacionamento entre pessoas…
MARCIO ROSENBERG – Sim. Temos uma ação que fizemos para a TAM, na Festa da Uva em Caxias do Sul (RS), que é frequentada por turistas, por famílias do interior que são plantadores, agricultores, muitas delas sem acesso nenhum à tecnologia de hoje. Conhecemos ali uma família que nunca havia tirado uma foto junta. Estamos falando de pessoas que o valor está na foto em papel, porque elas não têm email. Tivemos outra situação interessante no Festival de Culinária de Tiradentes (MG), onde fizemos muitas fotos e, curiosamente, tive um conhecido que foi para lá dois anos depois e entrou em uma casa humilde e ficou impressionado quando viu, na sala de estar, uma foto no porta-retrato feita pelo Funclick. A foto estava em um lugar de destaque da casa porque para eles era uma coisa muito especial. Nunca podemos perder de vista que, ao fotografar uma pessoa, para ela o momento se torna especial, único, e isso vai durar para sempre.
Esta entrevista foi realizada durante um almoço na Trattoria Aurora, em São Paulo
