O Governo do Estado de São Paulo apresentou nesta sexta-feira (19) a atualização semanal do painel de classificação de fases de retomada econômica do Plano São Paulo. Algumas regiões como a de Barretos, Marília e Ribeirão Preto estão na fase de restrição total a comércios e serviços não essenciais até a próxima revisão.
REDAÇÃO DO DIÁRIO
Outras regiões, no entanto, por terem adotado medidas mais rígidas de isolamento estão classificadas na fase laranja e flexibilizam sua economia. É o caso da região de Sorocaba, em especial a cidade de Itu.
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“Os municípios têm autoridade e autonomia para, dentro de sua região, seguir a flexibilização ou fazer um endurecimento. Esta autonomia vem compartilhada da responsabilidade sobre os indicadores da própria cidade”, disse o Secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi.
Serviço essencial
O município de Itu possui um total de 4953 leitos distribuídos em 34 empreendimentos, segundo o último inventário municipal. “Os hotéis na verdade não foram fechados. O governo do de São Paulo quando impôs a quarentena classificou os hotéis como serviço essencial”, afirma Célia Toledo, diretora Administrativa da Secretaria de Turismo de Itu.
Célia refere-se ao Decreto Estadual 64.881/2020 da Secretaria de Turismo do Estado de São Paulo, que faculta a hospedagem à uma série de atividades profissionais, entre elas a de profissionais da saúde, profissionais ligados ao abastecimento, profissionais de segurança pública, entre outros.
Hotelaria prepara-se para o retorno
Para o gerente geral do Novotel Itu Golf & Resort, Carlos Jacobina, o retorno às atividades normais devem garantir segurança tanto para hóspedes como para os colaboradores. “Temos um público ávido por lazer de desfrutar a hotelaria em sua plenitude, mas também temos que cuidar dos nossos colaboradores. Os protocolos de biossegurança do nosso hotel foram desenhados pela Accor (leia-se etiqueta AllSafe) e contempla todos, tanto o hóspede quanto o colaborador”, afirma ao DIÁRIO.
Para o retorno, previsto para o próximo dia 10 de julho, estarão no front 78 colaboradores. “Não teremos, obviamente, ocupação total e obedeceremos todos os protocolos internacionais da Accor, tendo como parâmetro a etiqueta AllSafe. Esse protocolo é seguido por todos os hotéis e está sendo auditado pela Bureau veritas (https://www.bureauveritas.com.br/pt-br)”, completa Jacobina.
Segundo ele, todos os cuidados que já existiam no trato com o hóspede, com o ambiente, com o alimento foram potencializados. “Introduzimos medidas intensificadas de higiene e prevenção para garantir a segurança. A etiqueta AllSafe representa nossos novos protocolos e padrões de limpeza elevados e garante que esses padrões sejam cumpridos”, diz Jacobina.
Um exemplo bem prático é o uso do apartamento. O novo normal agora é ninguém entrar no quarto a não ser o hóspede. “O hóspede receberá o quarto lacrado, desinfetado. Ninguém entra em seu apartamento, inclusive para arrumar a cama. Se quiser, vai para outro apartamento, que já esteja desinfetado”, adianta.
Jacobina deixa claro que no processo da reserva e também no check’in o hóspede recebe todas as orientações e as novas condições de hospedagem tanto para a segurança dele, quanto para a do colaborador. “Sempre pensamos nos dois lados. Na verdade, o conceito é que o hotel seja mais limpo que a própria casa. Os protocolos são rígidos e têm que ser cumpridos”, reforça.
Com as portas fechadas desde o dia 18 de março, Jacobina adianta que durante todo esse tempo o hotel ficou apenas com 15 pessoas na manutenção. No próximo dia 1º de julho os 78 colaboradores retornam para os 10 dias de treinamento e aquecimento. “De 1 a 9 de julho será um período de treinamento, limpeza, cuidaremos dos detalhes. No dia 10 abriremos com apenas uma ala. Do total, de 343 apartamentos trabalharemos com apenas 176”, revela. Evidentemente, explica ele, a ocupação será feita por etapas até alcançarmos este número. “A gente vai subindo a ocupação aos poucos, testando, analisando, uma espécie de treino; vamos começar com no máximo 150 hóspedes”, especificou.
Reaprendizado
Ao final da entrevista (por telefone), Jacobina revela que nesse período de afastamento e isolamento produzido pelo Covid-19, foi necessário reaprender uma série de coisas. “Costumo dizer que a hotelaria é feita de processos. Do lado profissional vivemos um desafio da segurança individual, pessoal, algo desconhecido até então. De qualquer modo, temos que passar confiança e que esta confiança alcance os colaboradores. Somos um hotel e temos que passar alegria para atender o público e não transformar o nosso hotel em um hospital. Hotel é símbolo de recomeço,” pontuou.
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