O crescimento do turismo no Brasil pegou carona na Copa do Mundo. Os ônibus “linha turismo”, uma forma prática e interessante de explorar um destino, registram aumento da demanda e, com isso, ampliam roteiros e aprimoram serviços. Os destaques estão nas capitais que sediaram os jogos do Mundial de futebol.
Em Porto Alegre (RS), o fluxo de passageiros aumentou 98,5% em agosto, se comparado ao mesmo mês do ano passado: passou de 3.512 para 6.973 usuários. Com os números em alta, a linha turismo da cidade ganhou dois novos atrativos: o Centro Cultural Usina do Gasômetro, às margens do lago Guaíba, e a praça Otávio Rocha, no coração da capital gaúcha, recentemente revitalizada e equipada com um bistrô, de acordo com a secretaria municipal de Turismo.
A capital paranaense foi outra cidade que registrou aumento de passageiros nas linhas turísticas. “Um crescimento de 34%. Em agosto foram 49.883 embarques, contra 37.217 no mesmo período do ano passado”, garantiu Marcelo Uemura, técnico do departamento de estatística da secretaria de Turismo de Curitiba.
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O estado de Pernambuco deve inaugurar um serviço diferenciado até o final do ano. De acordo com a secretaria estadual de Turismo, será a única linha do país com áudio-descrição para pessoas com deficiência visual. O circuito deve partir do Parque Dona Lindu e ter a Igreja do Carmo, em Olinda, como destino final. O passeio terá 24 paradas nos principais pontos turísticos das duas cidades, com duração total prevista de duas horas e meia.
Segundo o diretor do Departamento de Produtos e Destinos do Ministério do Turismo, Wilken Souto, as novidades sugerem um novo movimento no setor. “O mercado tem registrado crescimento em todos os setores e vem absorvendo as mudanças necessárias, que contribuem diretamente para a economia turística. As empresas de turismo têm buscado não só atrair novos visitantes, criando outros ativos e atributos após o período do Mundial, mas também fidelizar quem já conhece o destino. Mais de 95% dos estrangeiros manifestaram intenção de retornar ao país após a Copa, e já se trabalha para trazê-los de volta”, afirma.