Operadores de Turismo falam ao DT sobre guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas, e como o conflito impacta o turismo no País
A guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas, que também afeta a Palestina, já está no 12º dia e causa impactos terríveis em diversos setores da sociedade.
Um deles é o do turismo, uma das maiores fontes de renda de Israel. Isso acontece, principalmente, por conta do turismo religioso do País, o qual atrai cristãos, judeus e muçulmanos que querem aprofundar sua fé, visitando os atrativos locais.
Agora, com o conflito, o setor turístico também foi afetado, mas resiste. Para saber mais sobre isso, o DIÁRIO conversou com Caco Braile, da operadora TS Brasil Turismo Religioso, que existe há 32 anos. Ele falou sobre a situação atual no País.
Operadores de Turismo falam ao DT sobre guerra em Israel
DIÁRIO – Vivemos hoje um dos maiores conflitos na região, entre estados e religiões. Com 32 anos de trabalho lá como vocês observam esse momento?
Caco Braile: Neste caso, há alguns ingredientes que tornam o conflito sob uma Complexidade muito grande. Há a presença de reféns judeus, alguns deles jovens e crianças, cujas vidas para Israel é infinitamente precioso. Outro elemento é a presença de um “ódio” marcante de ambos os lados que transforma esse episódio num radicalismo incontrolável.
DIÁRIO – Durante alguma de suas viagens, tiveram ou passaram por algum tipo de conflito armado?
Caco: Em todos esses anos, nunca tivemos a presença de conflito armado com nenhum de nossos grupos, Graças a Deus.
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Cultura de respeito e harmonia
DIÁRIO – Como ser Cristão e trabalhar com essa base em uma região dominada por muçulmanos e judeus?
Caco: Lá em Israel, tanto por parte dos judeus como dos muçulmanos, a tolerância aos cristão é tranquila. Os cristãos lá residentes são minoria e vivem em harmonia com as outras pessoas de outras religiões. O que a gente sente é que há uma cultura de respeito já implantada o que leva a uma boa convivência.
Operadores de Turismo falam sobre não abandonar a esperança de trabalhar em Israel
DIÁRIO – Este conflito armado impactou frontalmente a economia da região. Quais são os planos da TS daqui para a frente?
Caco: O povo de Israel, de ambas as partes querem a Paz. Querem trabalhar, crescer profissionalmente, progredir e ter acesso a uma vida sem guerras. Nós não trabalhamos só com a Terra Santa. O mundo religioso católico é vasto e nós atuamos fortemente com outros destinos religiosos. Mas nunca abandonaremos a perspectivas de atuar por lá. Jesus nasceu, viveu, morreu e ressuscitou naquele lugar. Queremos sempre estar presentes em Israel.
Evangelizar através do Turismo
DIÁRIO – Como é evangelizar através do trabalho?
Caco: Para nós, se tornou algo que está incorporado em nosso DNA. Nossa empresa nasceu a partir de um pedido de um Sacerdote, o Padre Filipelli, um missionário Salesiano que morou em Londrina no início dos anos 90. A partir de então fomos entendendo que podemos e devemos evangelizar através do Turismo. Quando a gente faz o que gosta, o trabalho é prazeroso.
Solidariedade com os que estão sofrendo
DIÁRIO – Quais as suas considerações finais?
Caco: Hoje, Israel está manchada pelo sangue de Grupos Terroristas, que não representam o desejos, nem de israelenses nem de palestinos. Nem de legítimos judeus e muçulmanos, nem do resto do mundo que não aceita a perspectiva de atos de violência em nenhuma circunstância. A TS Brasil Turismo Religioso se solidariza com todos aqueles que naquele espaço geográfico sofrem as atrocidades de gente sem alma.
Por Paulo Atzingen – fundador e editor do DT.