Ocorreu nesta terça-feira (8), na sede da Global Travel Assistance (GTA), o “Papo com Agente by GTA e Monde”, promovido pela Abav-SP | Aviesp.
REDAÇÃO DO DIÁRIO (Paulo Atzingen*)
Objetivo, claro, sintético. São essas as leituras que fiz ao participar do Papo com Agente, realizado na terça-feira (8), na sede da GTA. Reunindo cerca de 50 profissionais, o evento contou ainda com executivos das duas empresas e com o presidente da ABAV-SP / Aviesp, Fernando Santos.
“O Papo com o Agente foi criado durante a pandemia, em sua versão online. Após vários encontros nesse modelo, e passado a pandemia, o formato online foi descontinuado. Achamos que era um programa vencedor, já que tivemos mais de 26 mil visualizações ao longo de um ano e o reeditamos, presencialmente”, afirmou Fernando ao DT.
Segundo o executivo, o Papo com o Agente passa a ser presencial com fornecedores e produtos que sejam do interesse do trade. “Começamos com o Aeroporto de Guarulhos, passamos pela a Agaxtur, Ancoradouro, agora estamos aqui na GTA, com a Monde”, enumerou.
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Ainda segundo Fernando, o projeto leva os agentes associados até o fornecedor para que aconteça uma sinergia, além de que serve também para a associação mostrar o que está fazendo ao longo do período.
Benefícios, histórico, litígios
Rogério Esteves, coordenador nacional de seguro viagem da GTA, apresentou aos agentes de viagem os benefícios, o histórico, as principais ocorrências (litígios) e todas as opções que sua empresa oferece para um viajante (via o agente de viagem) ao contratar um seguro viagem.
Segundo ele, há uma estimativa de que ainda 60% das pessoas que viajam no território nacional, o fazem sem um seguro viagem. “Efetivamente, o brasileiro ainda não tem a cultura do seguro como em outros países, como Estados Unidos, Japão, Canadá, onde se faz seguro para tudo. Aqui no Brasil, um pequeno percentual faz seguro de carro, faz seguro de vida, seguro de imóvel, enfim, e o seguro viagem não fica atrás”, enumerou.
“É um trabalho constante e intenso que a GTA faz na Academia GTA, espaço este criado durante a pandemia. São palestras virtuais que nós fazemos para os agentes de viagem, nós abrimos as salas para 150, 200 agências assistirem e terem acesso ao conteúdo sobre a importância do seguro ao viajante”, declarou.
“Seguro não é para ter lucro. Seguro é para reparar perdas” (Rogério Esteves – Coordenador Nacional de Vendas GTA)
Ranking
De acordo com Esteves, existe um ranking de sinistralidade e esse ranking coincide nas viagens domésticas e internacionais. “Obviamente que as despesas médicas hospitalares são as primeiras do ranking, disparado. A cobertura de cancelamento de viagem é muito utilizada, a cobertura de extravio ou atraso de bagagem também são muito utilizadas, ou seja, essas ocorrências estão no topo da pirâmide”, enumerou.
Para o agente de viagem Alexandre Neves, da Easy Tour, a palestra de Rogério Esteves foi excelente. “Ele deixou claro que planos de saúde regionais e locais não possuem abrangência nacional como o oferecido. Ele informou que muitos clientes não querem pegar o seguro devido ao cartão de crédito. Isso é prejudicial também e o agente tem que explicar que o cartão de crédito não preenche todas as necessidades de um seguro de viagem”, contou.
Obrigação em oferecer
Para Fernando Santos, é de extrema importância que o agente tenha consciência de que ele tem que oferecer, até juridicamente, e se antecipar a algum problema futuro. “É importante que o agente ofereça para amanhã se livrar de um problema do tipo: “não me ofereceram seguro viagem”. O agente de viagem tem obrigação de oferecer, o passageiro pode recusar. Mas oferecer é uma obrigação, passa a ser uma obrigação”, ponderou.
“O agente de viagem tem obrigação de oferecer, o passageiro pode recusar. Mas oferecer é uma obrigação, passa a ser uma obrigação” (Fernando Santos, presidente da ABAV-SP / Aviesp)
Barato saiu caro
Alexandre lembrou de um caso recente que aconteceu em sua agência. Ele tem como praxe oferecer o seguro viagem ao viajante na emissão do bilhete aéreo ou durante a compra do pacote. No entanto, ele conta, que uma cliente recusou-se a comprar em uma viagem internacional. “Ela não comprou o seguro viagem, sofreu um acidente de carro, foi socorrida por uma ambulância, foi parar no hospital com uma fratura leve. O custo da “brincadeira” foi de 40 mil reais. A fatura chegou no endereço dela no Brasil. Ela teve que teve que pagar, porque senão ela não poderia mais entrar no Estados Unidos. E lá não é brincadeira, não é fácil não”, pontuou.
*Paulo Atzingen é jornalista