Os preços das passagens aéreas registraram alta de 22,65% em novembro, conforme dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgados na terça-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este aumento é o maior de 2024, superando os 19,29% registrados em julho e os 19,12% de novembro do ano passado.
Por Da Redação, com informações do Estadão
Apesar da queda de 3,74% no preço médio do litro do querosene de aviação, conforme dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), outros fatores, como alta demanda e sazonalidade, contribuíram para o aumento. Segundo Alexandre Maluf, economista da XP, a combinação de feriados prolongados e demanda elevada pressionou os preços.
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De acordo com Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, o avanço de 22,65% está muito acima da média histórica, que é de 10%. Ele ressalta que eventos como a desvalorização do real frente ao dólar e o aumento do consumo interno ajudam a explicar o cenário.
Fatores sazonais e econômicos pesam no bolso
A sazonalidade típica do final do ano também influenciou os preços. Enquanto outubro apresentou queda de 11,5%, novembro trouxe feriados como o da Proclamação da República e o Dia da Consciência Negra, que geraram alta demanda.
Além disso, a alta do câmbio e a melhora no poder de compra das famílias impulsionaram o consumo. Dados recentes apontam crescimento de 4,1% no PIB anual e uma economia aquecida, com aumento de crédito e renda.
No acumulado de novembro, os combustíveis como gasolina e etanol apresentaram leve redução, com quedas de -0,16% e -0,19%, respectivamente, contrastando com o grupo de transporte, que avançou 0,89%.
Passagens aéreas: o que dizem as companhias aéreas
A Latam e a Azul afirmaram que diversos fatores afetam os preços, incluindo dólar, preço do combustível e conflitos internacionais. Ambas destacam que promoções sazonais e a compra antecipada podem ajudar os passageiros a economizar.
A GOL e a Abear não se manifestaram até a publicação deste texto.