Pelas ruas de Nova York – por Fábio Steinberg*

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Para quem visita Nova York, nada pior do que tempo ruim. Não se trata apenas da chuva, mas sua combinação perversa com vento e frio, um conjunto que compromete bastante as atividades externas.

Fica inviável a parte mais divertida, que é caminhar sem destino pela cidade. Curtir cada rua, parque, construção, entrar em loja, olhar as vitrines, comer cachorro-quente ou qualquer coisa numa carrocinha de esquina. Ou então simplesmente observar pessoas, sejam turistas ou novaiorquinos com seus inseparáveis cachorros – uma fauna humana e canina diversificada que é a marca registrada da cidade.

Claro, fora da rua há sempre a opção dos teatros, museus, atracões, compras, restaurantes etc. – mas é bom torcer para que a falta de sol não coincida com feriado ou fim de semana, quando todo mundo resolve ir aos mesmos lugares ao mesmo tempo.

As ruas de Nova York de hoje mudaram muito. Onde pairava no ar entre os caminhantes o perfume da moda, agora impera, sem traumas, o cheiro da maconha. No chão tornou-se raro achar pontas de cigarro, que caiu em desgraça absoluta. No seu lugar, e comum achar uma máscara usada, sabe-se lá se perdida ou descartada.

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Pouco a pouco a vida sem máscaras volta ao normal, pois a maioria abandonou a precaução. Raramente surge na rua um rosto protegido. Mesmo assim há lugares que aglomeram público, como o Metropolitan Opera House, que exige o uso de máscaras em tempo integral durante as performances. Ou o oposto, um inusitado coral de 110 vozes no Carnegie Hall canta com o rosto coberto. Se não levar a sua máscara, não se preocupe. Há sempre um dedicado funcionário com uma caixa cheia delas para oferecer.

Barracas de teste anti-covid pelas ruas de NY (Crédito: FS)

Em paralelo, como não poderia deixar no centro do capitalismo, surgiu uma indústria de testes de COVID. Atua em quiosques e tendas espalhados por todos as ruas. O trauma da epidemia deixou resquícios, que pelo visto vão demorar para sumir.


*Fábio Steinberg é jornalista, escritor e colaborador do DIÁRIO DO TURISMO

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