Durante dois dias, Belém (PA) sediou o I Congresso do Ministério Público do Estado do Pará sobre “Justiça Climática e Sustentabilidade: Diálogos Preparatórios para a COP30”. O evento reuniu autoridades, especialistas e lideranças comunitárias para debater o papel da Amazônia na agenda climática global.
No painel de encerramento, a secretária executiva do Ministério do Turismo, Ana Carla Lopes, e o procurador-geral de Justiça do Pará, Alexandre Tourinho, defenderam a importância de ações integradas para promover o desenvolvimento sustentável.
REDAÇÃO DO DIÁRIO – *com informações do MTur
Representando o ministro do Turismo, Celso Sabino, Ana Carla Lopes destacou os avanços da Pasta no apoio ao Pará e à região Norte. As ações incluem não apenas a preparação para a COP30, mas também a construção de um legado permanente. A secretária citou investimentos na infraestrutura turística local e na qualificação profissional por meio da Escola Nacional de Turismo. Inaugurada no ano passado, em Belém, a unidade já ofereceu 4.700 vagas e conta com outras 2.080 previstas até julho.
“O que estamos fazendo aqui vai muito além de preparar o Pará para receber a COP30. Estamos construindo um legado de desenvolvimento sustentável, onde o turismo é um motor de transformação social, econômica e ambiental. Mais do que números, estamos falando de vidas transformadas, de pertencimento”, afirmou Ana Carla Lopes.
A secretária também destacou o papel ativo dos povos amazônidas na construção de soluções para o futuro. “Nós, amazônidas, somos uma força muito grande para sermos apenas palco. Nós seremos atores da construção dessa oportunidade que é a COP30. Continuaremos aqui existindo, principalmente resistindo depois da COP30, porque seguiremos sonhando e realizando com muito orgulho de estarmos fazendo parte dessa história”, disse.
O procurador-geral de Justiça do Pará, Alexandre Tourinho, reforçou a necessidade de articulação entre governos e o Ministério Público para a formulação de políticas públicas baseadas na justiça climática, incluindo aquelas voltadas ao turismo sustentável. “A COP30 é um evento temporário, mas os desafios e as oportunidades são duradouros. Precisamos transformar esse momento em legado para o estado, aproveitar essas oportunidades e utilizá-las em prol da população e da sustentabilidade da nossa região”, pontuou.
O congresso foi encerrado com a leitura da Carta Compromisso pela promotora Ana Maria Magalhães, presidente da Associação do Ministério Público do Estado. O documento apresenta os principais desafios e caminhos para a transição verde no Brasil, com foco no protagonismo da Amazônia e do Pará na COP30, que será realizada em novembro deste ano, em Belém.
Fonte: Assessoria de Comunicação do MTur