Todo jornalista vai onde a informação está. Cedo ou tarde sua organização será consultada sobre algum tema relevante. Prepare-se, portanto, para delegar a profissionais da companhia a função de porta-vozes, formando uma rede integrada de fontes. Mas quem é mais indicado para atender à imprensa?
Falam com a mídia aqueles que ocupam os principais postos na corporação ou os profissionais de destaque de cada departamento. Em todos os casos, o porta-voz deve ser credenciado e gabaritado. O diretor-presidente pode ser comunicativo, ter um carisma natural, mas não será capaz de entender sobre assuntos técnicos. Ele certamente se atrapalhará ao discutir a falha em um equipamento, de total domínio dos diretores ou gerentes técnicos.
Para evitar armadilhas, deixe claro para toda a corporação quem diz o quê. Um atendente descuidado pode passar uma solicitação de imprensa para a pessoa errada. E para completar, essa pessoa resolve discursar sobre o assunto errado, achando que prestar esse auxílio melhorará seu relacionamento com o jornalista. E uma regra é básica: sempre consulte seu assessor de imprensa. Ele é o médico da sua imagem!
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Horas depois do expediente, você pode encontrar, em uma mesa de bar ou no shopping center, um repórter estratégico para o seu trabalho. Perfeito! Pode-se estreitar relações com ele sem nenhuma preocupação. Ledo engano. Jornalista não deixa de exercer sua profissão nem se estiver fora do ambiente de trabalho. A fonte, por sua vez, fala permanentemente como pessoa jurídica. Outra recomendação é nunca discriminar um veículo em detrimento de outro.
Obviamente, o porta-voz tem o direito de saber previamente com quem irá falar, não responder perguntas referentes a assuntos sobre os quais não domina ou não quer se pronunciar. Mas lembre-se: sua liberdade tem limites. Venda suas idéias sem detonar o concorrente e seja transparente. A imprensa quer fontes qualificadas e também éticas.
