Localizado em área nobre da capital federal, o Ramada Brasília Alvorada compõe com o Tryp, ambos da bandeira Wyndham, do mesmo grupo empreendedor, dobradinha no conceito moderno da categoria midscale, com plus em atendimento e serviços
Por Cecília Fazzini
Uma estrutura preparada para comportar 264 apartamentos, hoje operando 229 somada a capacidade dos dois hotéis com plantas idênticas, mas com perfil distinto de hóspede. O Ramada é um hotel que atende 50% de público corporativo interessado em negócios com governo, uma característica da própria Brasília, enquanto o Tryp tem uma vocação para atender o hóspede mais jovem e despojado. Segundo de Almeida, gerente geral do Ramada, observa que o segmento de lazer e entretenimento não é representativo no mercado local, contudo há alguma relevância do turismo cívico.
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Com dois anos em funcionamento, o Ramada tem, ressalta o gerente geral, quebrado paradigmas no sentido de atender melhor o hóspede, o que resulta na ocupação média diferenciada, acima inclusive da registrada no mercado hoteleiro da capital do País. A marca de 68% a 74%, registrada no hotel, supera os indicadores oficiais do mercado local, aferidos entre 60% e 65%. Em setembro último, a ocupação no Ramada alcançou 72%, enquanto o Tryp bateu os 80%.
Tom da mudança
A fidelidade do hóspede é trunfo da gestão, fruto de um conjunto de ações que passa pelo atendimento personalizado e serviço diferenciado do hotel, salienta Daniel Oliveira, gerente de operações. “A primeira proposta feita para um hóspede no Ramada foi convertida em venda”. Também o cômputo de cada hospedagem em pontos contribui para essa reincidência nas reservas, comum aos dois hotéis.
Se o panorama hoteleiro de Brasília é formado por maioria absoluta de hotéis independentes, apesar de outras redes que já terem desembarcado na cidade, Almeida observa o tom da mudança. “Ao apresentar a este mercado uma bandeira consolidada como a Wyndham, se alterou em particular o olhar do hóspede combinada à visão interna, mais empenhada em corresponder ao que o cliente aprecia e busca, uma “gestão mais empática”, sentencia.
Diferencial nas acomodações
Embora a vocação do Ramada seja a de bem receber o cliente corporativo, esse mesmo zelo é destinado a outros hóspedes. Almeida relaciona famílias que vêm à Brasília visitar parentes, por exemplo, contam com acomodações que contemplam esse perfil. “Temos apartamentos conjugados que se diferenciam da oferta de outros hotéis de Brasília”. A depender da necessidade, essas acomodações são oferecidas a casais com filhos ou grupo de amigos num pacote específico. Mas esses quartos podem se transformar em dois apartamentos singles, apenas fechando a comunicação entre eles, que permitem a flexibilidade e passam a contar com duas entradas independentes.
Novos ares da hospitalidade
Mas se há sinais novos, o que mudou conceitualmente no setor que o Ramada e o Tryp – empreendimentos da operadora Hotelaria Brasil – passam a imprimir no segmento? O gerente geral é enfático, considera que a despeito de manter o trivial que as boas práticas da hospitalidade recomendam, a atividade hoteleira, de acordo com o executivo, se profissionalizou. E há ainda o aspecto do surgimento de um consumidor muito melhor informado, com o advento das redes sociais. Em contrapartida, o nível de exigência e das avaliações se dissipou com o mesmo grau de agilidade, refletindo na expectativa e opinião do hóspede.
E, ainda no entender do gerente geral, a tecnologia também aparelhou os hotéis a prestarem melhores serviços e a obterem maior êxito na administração. Exemplo da contribuição que esses recursos oferecem é na força-tarefa na baixa temporada, sobretudo quando o recesso parlamentar esvazia a capital da República. A saída, sentencia Almeida, nesses períodos e aos finais de semana o recurso é olhar com atenção para as promoções e os preços praticados nas diárias. “As boas alianças mantidas com os demandantes de reservas também são um reforço na missão de manter os hotéis com ocupação satisfatória”, frisa.
Reservas em alta
E os eventos que acontecem na cidade fora de dias úteis, sejam musicais ou de outra natureza, somam-se à perspectiva de manter em alta as reservas. Acrescido de um movimento típico do brasiliense, conforme observação de Almeida, que é adepto de passar um final de semana hospedado. “O morador local percebeu que a sensação de fazer o check-in é similar ao de uma viagem”, contextualiza Almeida. Numa aferição mais precisa, o gerente calcula que entre 50% a 60% desses hóspedes são habitantes da cidade sobretudo famílias e casais.
Expansão em curso
Um centro de de eventos deverá se somar ao espaço já existente – que comporta 120 pessoas – a ser erguido em área de 1.200 metros quadrados, acoplada à edificação. Além de toda a tecnologia que já serve a construção do hotel, a ideia é modernizar ainda mais. ” Meu sonho de consumo é um dia nossos empreendimentos estrelarem no programa da TV por assinatura ” Hotéis Incríveis”, almeja o gerente geral do Ramada e Tryp.
Mas a boa nova é que, em janeiro próximo, o portfólio da bandeira Wyndham na capital do País deve ganhar um novo endereço. “Estamos em expansão, porém com os pés no chão”, reitera o executivo.