A temporada 2024/2025 de cruzeiros consolidou o turismo náutico como um dos setores mais dinâmicos da economia brasileira. Entre novembro e abril, nove navios cruzaram as águas do Brasil e da América do Sul, levando 838 mil passageiros a destinos icônicos e movimentando R$ 6 bilhões. O resultado representa alta de 3,8% em relação ao ciclo anterior.
REDAÇÃO DO DIÁRIO – com informações do MTur*
Segundo o Estudo de Perfil e Impactos Econômicos de Cruzeiros Marítimos, elaborado pela FGV em parceria com a CLIA Brasil, cada R$ 1 gasto em cruzeiros rendeu R$ 4,05 para a economia. Do total, R$ 2,95 bilhões vieram das companhias marítimas e R$ 2,48 bilhões foram gastos por turistas e tripulantes. Apenas em tributos, o setor injetou R$ 577,4 milhões nos cofres públicos.
Impacto no turismo e na economia
As cidades de embarque e desembarque registraram gasto médio de R$ 918,15 por passageiro. Já nas escalas, o impacto foi de R$ 709,47. Em números de empregos, foram criados 84,6 mil postos de trabalho no período, com destaque para os setores de hotelaria, comércio, alimentação, transporte e serviços.
“A temporada trouxe resultados econômicos importantes e milhares de empregos em todo o país. O setor movimenta comunidades inteiras e gera benefícios concretos para a economia. O próximo passo é ampliar a cooperação entre o público e o privado, para aproveitar ainda mais esse potencial”, afirmou Marco Ferraz, presidente da CLIA Brasil.
Brasil como potência náutica
Na abertura do 7º Fórum CLIA Brasil, em Brasília, a secretária-executiva do MTur, Ana Carla Lopes, reforçou o papel estratégico do turismo náutico. “O Brasil tem tudo para ser uma potência do turismo náutico mundial. Temos sol, mar, diversidade e hospitalidade. Vivemos um momento histórico, com números recordes e geração de empregos. O desafio é investir em infraestrutura e qualificação, garantindo serviços de excelência e crescimento contínuo”, destacou.
Escalas nacionais e internacionais
Os roteiros contemplaram Santos, Rio de Janeiro, Salvador, Maceió, Itajaí, Paranaguá, Angra dos Reis, Búzios, Balneário Camboriú, Fortaleza, Ilhabela, Ilhéus, Porto Belo e Recife. Fora do Brasil, Buenos Aires, Montevidéu e Punta del Este também entraram na rota.
Pela primeira vez, o levantamento incluiu 29 navios de longo curso com roteiros internacionais. Esses cruzeiros adicionais injetaram R$ 583,9 milhões na economia, criaram 9,1 mil empregos e geraram R$ 62,1 milhões em tributos.
Um setor em expansão
Somando cabotagem e cruzeiros internacionais, o impacto chegou a R$ 6 bilhões, com 93,7 mil empregos criados. A temporada confirmou que os cruzeiros não apenas encantam viajantes, mas também fortalecem a economia e impulsionam destinos turísticos de norte a sul do país.
Fonte: Assessoria de Comunicação do MTur