Por Paulo Atzingen*
O Hotel Termas de Puyehue está localizado a uma hora e meia de Puerto Montt, capital da região dos Lagos da Patagônia Chilena e a duas horas de voo da capital Santiago. Do aeroporto ao hotel percebe-se que entramos em um ecossistema especial, campos arados e semeados em profundo respeito à natureza original com a serpenteante cordilheira dos Andes, nos surpreendendo com seus cumes mais altos.
A estrada é ornamentada por uma paisagem composta por, basicamente, fazendas. A região foi colonizada por germânicos a partir da metade do século XIX e isto está comprovado com a grata visão de uma igreja luterana, à margem da rodovia. O DIÁRIO é recebido pelo gerente de operações do hotel Juan Pablo Castro, um jovem engenheiro civil que foi convidado pelo grupo Transoceânica, proprietário do hotel, a implantar novas diretrizes operacionais ao empreendimento.
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O Termas, como o próprio nome diz, tem como um dos seus principais atrativos as piscinas termais, conta o gerente. “Temos a boa sorte em ter um hotel onde existem as nascentes de água quente, natural da terra, não aquecidas artificialmente. Possuímos três piscinas térmicas e a fonte original nos oferece água a uma temperatura em torno de 60 graus, temos que esfriá-la para ficar entre 30 a 40 graus. Então é o nosso principal atrativo, pensada especialmente para a família”, descreve.
No entanto, o hotel oferece muito mais que banhos em água aquecida, lembra o executivo. “Temos atividades para todas as épocas do ano. No inverno, por exemplo, oferecemos a experiência de esquiar (estação Antilanca), caminhadas aos vulcões, aos lagos, cavalgada, e uma série de jogos e atividades internas,” enumera o gerente operacional.
Perfil
O hotel possui atualmente 112 apartamentos em funcionamento e já existem planos de ampliação, porém não foi detalhado pelo executivo. Seus clientes são em grande maioria chilenos e argentinos, pois o hotel está a cerca de 170 quilômetros da fronteira com o país do tango. O hotel não tem perfil de modelo econômico, portanto seus hóspedes possuem, com certeza um bom poder aquisitivo. “Recebemos muito o público nacional, muitos argentinos, alguns brasileiros, chineses e japoneses, americanos e alemães”, enumera Juan Pablo que completa oito meses de trabalho no grupo, agora em agosto.
Ocupação
O hotel tem índices de ocupação atuais espetaculares considerando o alto nível do empreendimento, que não é classificado como econômico, no entanto nem sempre foi assim, conta-nos Juan Pablo. “Os últimos cinco anos tivemos índices de 40% a 50% médio de ocupação. No entanto, já estamos chegando a uma média de 70%. Alguns meses do ano estamos atingindo a marca dos 100%”, comemora Juan Pablo.
Rentabilidade
Pela baixa ocupação de anos anteriores o hotel não alcançava bons índices de rentabilidade e sempre fechava no vermelho. Este ano, acredita Castro, isso deve mudar. “Estamos esperançosos que este ano o hotel vai ser rentável. Nós todos temos certeza que isso vai acontecer. Não temos um número fechado, específico, mas prognósticos apontam que teremos a entrada (em vendas totais) de aproximadamente 10 milhões de dólares e um lucro próximo a 1.5 milhão de dólares. Fecharemos no azul”, antecipa.
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O DIÁRIO DO TURISMO – viajou a convite do grupo Transoceânica (Chile), tendo seguro GTA, comunicação ChatSim e apoio JoãoAraújo Promoção