Em agosto de 2025, o tráfego total de passageiros de, para e dentro da América Latina e Caribe atingiu 40,7 milhões de passageiros, um aumento de 4,3% em relação a agosto de 2024 (equivalente a um adicional de 1,7 milhão).
EDIÇÃO E TRADUÇÃO DO DIÁRIO – com agências internacionais
De acordo com balanço enviado ao DIÁRIO pela ALTA, o tráfego intrarregional representou 81% do aumento líquido, impulsionado principalmente pelos mercados domésticos do Brasil, Argentina e Peru, que contribuíram com mais da metade do crescimento.
A oferta de voos cresceu 1,2% em relação ao ano anterior, enquanto a capacidade total (assentos) aumentou 2,5%, refletindo o uso de aeronaves maiores, com uma média de 160 assentos por voo em comparação com 158 em agosto de 2024[1].
Resumo dos indicadores
A capacidade medida em assentos-quilômetros disponíveis (ASK) cresceu 4,7% em relação ao ano anterior.
A demanda, em passageiros-quilômetros transportados (RPK), aumentou 4,8% em relação ao ano anterior.
A taxa de ocupação média foi de 85%.
No acumulado de janeiro a agosto, o tráfego aéreo na ALC atingiu 320,6 milhões de passageiros, o que representa um crescimento de 3,8% em relação ao mesmo período de 2024.
Brasil e Argentina lideraram crescimento de passageiros
O Brasil foi o mercado que mais contribuiu para o crescimento regional em agosto, com 973 mil passageiros adicionais (+9,5% em termos comparativos). O mercado doméstico atingiu um recorde histórico em agosto (8,7 milhões de passageiros, +8,6%), sendo o mercado doméstico de crescimento mais rápido entre os seis maiores do mundo, de acordo com a IATA[2]. O segmento internacional aumentou 13,1% em relação ao ano anterior, apoiado por um aumento de 38% nas chegadas de turistas estrangeiros[3].
A Argentina também apresentou um desempenho sólido, com +14,4% em relação ao ano anterior (doméstico +10,6%, internacional +19,1%). Foi o agosto com maior tráfego da história, superando em 6% o nível de agosto de 2019. Entre janeiro e agosto, o país acumulou 21,8 milhões de passageiros (+14,7%).
México, Colômbia e Chile registraram crescimento abaixo da média regional
México, Colômbia e Chile, que ocupam respectivamente o 2º, 3º e 6º lugar na região em volume de passageiros, registraram um crescimento combinado de apenas 0,7% em relação ao ano anterior, bem abaixo da média regional.
No México, o tráfego total atingiu 10,2 milhões de passageiros (+1,3% em relação ao ano anterior), com aumentos semelhantes nos segmentos doméstico (+1,3%) e internacional (+1,2%). O tráfego com os Estados Unidos, terceiro maior par de países da região, cresceu pelo segundo mês consecutivo (+0,3% em agosto) após a queda em junho, mantendo-se praticamente estável no acumulado janeiro-agosto (-0,05% em relação ao ano anterior).
A Colômbia apresentou uma ligeira contração (-0,1% em relação ao ano anterior), com 5,06 milhões de passageiros. O mercado doméstico caiu 3,2%, enquanto o mercado internacional aumentou 4,1%, com aumentos significativos no tráfego com Equador (+14%), Brasil (+26%) e Peru (+11%). No acumulado de janeiro a agosto, o mercado interno caiu 1,9% em relação a 2024, afetado pela queda em Bogotá (-4,9%).
O Chile teve seu primeiro resultado negativo do ano em agosto de 2025 no total de passageiros (-0,2% em relação ao ano anterior). O tráfego doméstico, que representa 53% do total, caiu 2,2%, enquanto o tráfego internacional aumentou 2,2% em termos homólogos. O tráfego nas rotas domésticas secundárias (sem origem/destino em Santiago) cresceu 3,7% em termos homólogos, destacando-se as rotas Antofagasta-Concepción (+33% em termos homólogos) e Antofagasta-La Serena (+8% em termos homólogos).
“Os dados de agosto confirmam um crescimento sólido e uma tendência clara: a conectividade entre os países latino-americanos é hoje o principal motor do crescimento do tráfego aéreo. Por trás de cada ponto de crescimento existem milhares de histórias: famílias que se reúnem, empresas que se expandem e comunidades que se integram”, disse Peter Cerdá, CEO da ALTA.
Peru e Equador mantêm desempenho positivo
O Peru mobilizou 2,6 milhões de passageiros (+6,5% em relação ao ano anterior), com crescimento nos mercados doméstico (+5,1%) e internacional (+8,6%), impulsionado pelas rotas para Colômbia (+11%), Brasil (+19%) e República Dominicana (+28%). O Equador transportou 835 mil passageiros (+4,2% em termos homólogos), com um forte dinamismo no tráfego com a Colômbia (+14%). A oferta total de voos no Equador cresceu 6,1% em relação ao ano anterior, com aumentos significativos nas rotas com a Argentina (+94%)[4].
Panamá e República Dominicana impulsionam crescimento na América Central e no Caribe
Na América Central, o tráfego de e para a sub-região cresceu 7,0% em relação ao ano anterior, liderado pelo Panamá (+11,5%, 1,85 milhão de passageiros). Foi seguido por Costa Rica (+2,2%), El Salvador (+0,3%) e Guatemala (+2,4%).
No Caribe, o tráfego total aumentou 5,3%, com a República Dominicanaliderando (+6,0%, 1,7 milhão de passageiros). A Jamaica cresceu 3,6%, enquanto Cuba diminuiu 6,2%. O mercado Caribe-Estados Unidos mobilizou 2,9 milhões de passageiros em agosto (+0,6% em relação ao ano anterior) e acumulou 22,4 milhões em janeiro-agosto de 2025 (-1,1% em relação ao mesmo período de 2024)[5].