A expectativa é que o turismo brasileiro gere R$ 12,03 bilhões em receitas durante o carnaval deste ano, o que representa um crescimento real de 2,1% em comparação ao mesmo período do ano anterior, já levando em conta a inflação. Essa estimativa é da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
“Este crescimento está diretamente relacionado ao avanço no número de turistas estrangeiros, impulsionado pelo câmbio e pela diversidade de atrativos culturais do Brasil. Se confirmada a projeção, este será o melhor carnaval desde 2015”, informou a CNC, em nota.
Redação do DT
Os bares e restaurantes devem ficar com a maior parte dessas receitas, totalizando R$ 5,4 bilhões, seguidos pelos serviços de transporte de passageiros, que devem arrecadar R$ 3,31 bilhões, e o setor de hospedagem, com R$ 1,28 bilhão. Juntos, esses três segmentos responderão por 83% do montante movimentado pelo turismo durante o carnaval.
“A concentração de receitas em setores como alimentação, transporte e hospedagem mostra como o carnaval movimenta diretamente a economia local e favorece o fortalecimento do setor de serviços”, declarou Fabio Bentes, economista responsável pelo estudo da CNC, em nota oficial.
Alta do dólar coloca Brasil em rota internacional de turismo
Conforme aponta Bentes, a queda do valor do real em relação ao dólar “tem colocado o Brasil na rota dos turistas internacionais”. Informações da Embratur indicam que o país alcançou um recorde de 6,66 milhões de visitantes estrangeiros em 2024.
“A receita acumulada do turismo no ano passado também foi histórica, chegando a US$ 7,34 bilhões”, diz a CNC.
No mês de fevereiro de 2024, o Brasil recebeu 833,31 mil turistas internacionais, e a CNC projeta que esse número aumente em 4,8% em fevereiro de 2025, alcançando um total de 868,46 mil visitantes, superando assim o recorde de 2018.
Mais de 30 mil vagas temporárias
A entidade estima ainda que o carnaval resulte na criação de 32,6 mil vagas temporárias de trabalho. O setor de bares e restaurantes deverá proporcionar a maior quantidade de oportunidades (22,85 mil), seguido por hotéis, pousadas e afins (4,06 mil) e empresas de transporte (3,31 mil). Entretanto, a taxa de efetivação deve ser modesta, em torno de 7%, “refletindo as previsões de um crescimento econômico mais contido em 2025”.
“Embora o contingente de trabalhadores temporários contratados tenda a ser maior para o carnaval de 2025, a taxa de efetivação deverá ser menor do que nos últimos anos. Em 2021 e 2022, em média 24% dos trabalhadores foram efetivados após o carnaval, em virtude da necessidade do setor de repor as vagas eliminadas durante as fases mais agudas da crise sanitária. Em 2023, tal porcentual recuou para 11% e, no ano seguinte, para 9%. Para este ano, a taxa de efetivação deve acusar novo recuo (7%), em virtude da expectativa de crescimento menor da economia em 2025.”, concluiu o levantamento de Fabio Bentes.
*com informações do portal Uol / CNC