EDITORIAL
Por Conselho Editorial do Diário do Turismo
De acordo com informações divulgadas pelo Ministério do Turismo e dados do Banco Central, o Brasil registrou, entre janeiro e novembro de 2024, um recorde histórico nos gastos de turistas internacionais. O montante alcançou US$ 6,62 bilhões, o maior já registrado para este período desde o início da série histórica, em 1995. O valor é 5,3% superior ao mesmo intervalo de 2023, quando os gastos somaram US$ 6,29 bilhões, superando também o resultado de 2014, ano da Copa do Mundo, que atingiu US$ 6,30 bilhões.
Segundo dados oficiais, somente no mês de novembro, as receitas geradas por turistas estrangeiros somaram US$ 615,71 milhões. Esses números refletem, segundo o governo federal, o aumento do fluxo de visitantes ao Brasil. Até novembro, o país recebeu 5,967 milhões de turistas internacionais, ultrapassando os 5,908 milhões recebidos em todo o ano de 2023.
Para o Ministério do Turismo, esses avanços são resultado de estratégias e programas como o Programa de Aceleração do Turismo Internacional (PATI). Conforme informações divulgadas pela pasta, o programa já resultou em 70 mil novos assentos em voos internacionais rumo ao Brasil até março de 2025, conectando o país a destinos como Paraguai, Peru e Espanha. Em 2025, a previsão do governo é expandir essas ações, com editais regionalizados, como o primeiro voltado à região Nordeste, que prevê um investimento de R$ 24 milhões e a captação de 260 mil novos assentos.
Essas medidas estão alinhadas ao Plano Nacional de Turismo (PNT) 2024-2027, que, segundo o Ministério do Turismo, busca tornar o Brasil o maior receptor de turistas da América do Sul. O plano estabelece metas como atingir 8,1 milhões de visitantes internacionais anuais e receitas superiores a US$ 8 bilhões. A expectativa do governo federal é superar a marca de 10 milhões de turistas estrangeiros ao final do período.
Embora os resultados sejam promissores, especialistas apontam para a necessidade de investimentos contínuos em infraestrutura, promoção internacional e qualificação do setor turístico. A continuidade dessas políticas será fundamental para consolidar o crescimento do turismo internacional e o impacto positivo na economia brasileira.