Rodar, voar, viajar!
Direto ao ponto: esse opinativo do DIÁRIO DO TURISMO deságua no turismo rodoviário. Desperta para o diferencial de viajar vendo, no chão da vida, geografias e paisagens surpreendentes. Recortes de elevações e vales inesperados. Sentir e curtir o percurso, da origem ao destino.
A forma de deslocamento mais primitiva de todas se dá por meio dos pés. No compasso das pernas em movimento, passeia-se, distrai-se, confere-se a posição do sol ou das estrelas, distribuem-se saudações aos passantes e chega-se a algum destino.
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Pode ser à padaria do Nando ou ao açougue do Vando; à casa do Pedro ou ao pastel da Vera, na extremidade da feira-livre de sábado. E se a proposta for simplesmente caminhar, o percurso vai de origem a origem…
O pensador e comunicólogo canadense Marshall McLuhan, conhecido por vislumbrar a Internet quase trinta anos antes de ser inventada, celebrizou frases como ‘o meio é a mensagem’ e ‘a roda é a extensão dos pés’. Cunhou, também, o termo ‘aldeia global’.
Quando as carroças ganharam motor e se tornaram autopropelidas, quanto mais evoluídas, menos limitadas pelas distâncias. E um dia, certa geringonça pilotada rodou num descampado, ganhou velocidade, venceu uma rampa e voou! Motores e turbinas rodam até hoje, para decolar, vencer o ar e aterrissar.
Turismo. É dele que estamos falando, na perspectiva da intermodalidade dos meios de transporte. Rodar em terra firme, voar em gigantes alados, singrar rios e oceanos – todos os rincões do planeta são atingíveis, experimentáveis, disponíveis aos nossos sentidos.
O viajante contemporâneo tem o privilégio de, primeiro, zanzar pela web, ver imagens, identificar culturas e povos. O virtual funciona como teaser, como cardápio vistoso que dá água na boca. Mas a experiência de viajar da origem ao destino, com direito ao deguste do percurso, em carne e osso, é singular.
Deguste do percurso: não é por acaso que se verifica uma evolução notável do turismo rodoviário. O nível médio das estradas brasileiras, com destaque para o Sul-Sudeste do país, torna o deslocamento por terra seguro e adequado, em função do trajeto e da distância. Florescem os circuitos rodoviários, formatados ao gosto de grupos e confrarias, para encantar da origem ao destino.
O trade do turismo rodoviário está cada vez mais estruturado e profissionalizado. Não há mais espaço para amadores e aventureiros, que utilizam frotas sucateadas, motoristas despreparados e, muitas vezes, extenuados pelas más condições de trabalho.
Não! Hoje as boas operadoras de turismo rodoviário têm marca, proposta profissional de prestação de serviços, plano de marketing e planejamento estratégico. Trabalham lastreadas por compliance e empacotam roteiros e circuitos completos, por meio de parcerias com meios de hospedagem, organizadores de eventos, modais aéreos e náuticos – concatenação. Capacitam e oferecem guias de turismo, que agregam conhecimento e satisfação ao viajante.
Cases? Ilustram essa reflexão do DIÁRIO a Schultz – Operadora de Turismo e a Squad Viagens, do Grupo Águia Branca. Ambas são estruturadas para proporcionar experiências memoráveis aos diferentes perfis de viajantes. São marcas fortes, bem administradas e capitalizadas, que ocupam lugares de destaque na prateleira das agências de viagens. São autênticas fábricas de circuitos rodoviários, com monitoramento ponta a ponta.
Rodar, voar, viajar! Chegar e se hospedar, sem perrengues e sobressaltos. Sentir-se abastecido pelos serviços que comprou e respirar a alegria de um turista bem atendido. O turismo roda!
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