As reservas para Cuba cresceram 57% em uma operadora de turismo de Nova York nas semanas seguintes ao anúncio da reaproximação do país com os EUA. Em fevereiro, elas subiram 187%. Neste mês, o número já é quase 250% maior.
O boom é um sinal da pressa que muitas pessoas têm de visitar Cuba agora – antes de, como muitos preveem, o país se encha de filiais do McDonalds e do Starbucks.
A sensação de que a trégua entre os dois governos vai gerar uma invasão de turistas yankees e mudar a característica única de um dos bastiões remanescentes do comunismo é compartilhada por muitos viajantes.
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Moradores
Os forasteiros podem romantizar a nação “cápsula do tempo”, mas muitos dos moradores da ilha estão prontos para as mudanças.
Onde os estrangeiros veem charme, arquitetura histórica, carros da década de 1950 e extensas praias de areia branca, os locais veem prédios decadentes precisando de reforma, carros novos com preços inalcançáveis para eles e falta de oportunidade econômica.
Maior procura
É improvável que Cuba experimente mudanças significativas do dia para a noite. As conversas para normalizar as relações entre os dois países estão apenas começando, e o embargo de 53 anos continua. Mesmo assim, o fluxo de turistas para o país parece ter aumentado por causa do anúncio de dezembro.
InsightCuba, operadora de turismo baseada em Nova York, está criando mais excursões para o país, já que as reservas explodiram em comparação com o início de 2014. “A procura está gigantesca. As pessoas dizem que querem ir ao país antes que ele mude”, diz Tom Popper, presidente da empresa.
Em janeiro, Cuba recebeu um número de visitantes 16% maior em comparação com o mesmo mês do ano passado – um total de 371 mil pessoas.
O turismo, uma indústria de mais de US$ 2,6 bilhões, é um dos motores da economia cubana. No ano passado, o país recebeu 3 milhões de visitantes, um recorde. (Associated Press)