Carlos Alberto da Silva Santos*
Confesso que fiquei boquiaberto ao ler artigo recente em um veículo jornalístico ligado ao turismo. Trazia a informação de que a Air Tkt, a Associação das Consolidadoras, vai agir contra ao que denominam ‘subconsolidadoras’, por considerá-las empresas piratas. Ué! Mas se as chamadas subconsolidadoras não têm contrato com as companhias aéreas, quem estaria lhes fornecendo? Não seriam as próprias consolidadoras associadas da Air Tkt? rsrsrsrs
O que eu quero dizer é que as empresas denominadas subconsolidadoras só existem porque conseguem linhas de crédito nas grandes consolidadoras e têm uma clientela formada, de um modo geral, por profissionais de turismo de pequeno porte, descontentes com os serviços que lhe são oferecidos pelos seus antigos fornecedores.
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É o ciclo da vida. A maioria das agências, hoje de grande porte, começou de forma modesta. Compravam das grandes de então, por não terem contratos diretos com as cias aéreas e outros fornecedores. O mesmo aconteceu com a maioria dos chamados grandes consolidadores de hoje.
Posso estar enganado, mas só consigo me lembrar de duas empresas que não tiveram que passar pela fase da chamada subconsolidação, nem mesmo de forma parcial, e por este motivo as considero percursoras da arte da consolidação: a Flytour do Elói e a antiga Rextur Turismo do Goiaci. Se a minha memória estiver falha, desculpem-me os esquecidos.
Gente, vamos torcer pelo sucesso de todos, os bons subconsolidadores crescerão e logo mais se tornarão consolidadores. Como em todos os negócios, é provável que alguns sucumbirão – eu já presenciei a queda de algumas consolidadoras de porte.
Em tempo: não sou consolidador nem subconsolidador, apenas escrevi estas poucas linhas porque, talvez pela minha formação ‘humilde’, tenho o maior respeito por todos aqueles que trabalham arduamente para levar para casa o leitinho das suas crianças, independentemente de importância, tamanho e crença.
*Carlos Alberto da Silva Santos é diretor da RXT Travel
