Após o 11 de setembro, muitas medidas foram introduzidas nos aeroportos do mundo para garantir a segurança dos viajantes e evitar qualquer ameaça de atentado terrorista
POR REDAÇÃO
Neste sábado, dia 11 de setembro de 2021, completam-se 20 anos do atentado terrorista que colocou abaixo as duas torres gêmeas do Word Trade Center na ilha de Manhattan, em Nova York (EUA).
O ataque que mudou os rumos do século 21 deixou 2.996 mortos incluindo os sequestrados dos 4 aviões: dois foram lançados contra as duas torres do WTC, o terceiro atingiu o Pentágono e o quarto caiu numa área desabitada da Pensilvânia.
Após o atentado, o setor aéreo norte-americano foi fechado, atrações turísticas paralisadas e o mundo entrou em estado de alerta máximo. Os padrões de segurança dos aeroportos e dos demais meios de transporte foram reconfigurados pela Transportation Security Administration (TSA), responsável pela segurança em transportes nos Estados Unidos.
Uma série de medidas preventivas foi introduzida para garantir a segurança dos viajantes e evitar qualquer ameaça de atentado terrorista. Antes de 11 de setembro de 2001, atravessar uma fronteira exigia apenas passar pelo raio x, lembra o advogado especialista em Direito Internacional e fundador da Toledo e Advogados Associados, Daniel Toledo. Em entrevista ao DIÁRIO, o especialista destaca:
“Antes do 11 de setembro nós tínhamos uma forma diferente de passar pelas alfândegas e pelos sistemas dos aeroportos. A gente simplesmente passava as nossas mochilas e malas pelo raio x, e acabou! Depois do 11 de setembro, os Estados Unidos começaram a exigir que as pessoas tirassem os sapatos, que tirassem todos os metais, como cintos, chaves, para só então passar pelo scanner giratório”. As medidas permanecem.
A segurança do turismo internacional aumentou após o atentado, afirma o advogado. “Isso é um ponto muito importante. Mudou muita coisa em termos de segurança, e a tecnologia avançou muito nesse sentido, não só na questão dos scanners. Alguns aeroportos dos Estados Unidos usam até cachorros para farejar drogas e explosivos nas filas dos check-in”.
As informações sobre os passageiros também foram priorizadas, observa Toledo. “As companhias aéreas foram obrigadas a mandar para a imigração dos Estados Unidos um fax 24h antes de todos os passageiros embarcarem em qualquer voo para os Estados Unidos, e, durante o voo, a imigração já está investigando um por um. Tudo isso foi instituído depois de 11 de setembro”.
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Leitor Facial
O leitor facial é outro dispositivo implantado para aumentar a segurança. “Desde 2018 temos nos maiores aeroportos dos Estados Unidos o leitor facial, que são câmeras especificamente desenvolvidas para identificar as pessoas junto ao banco de dados do FBI. Se alguma pessoa procurada pelo FBI passar pelo aeroporto, ela vai ser identificada. Muita coisa evoluiu e fez com que a gente tivesse maior segurança nos aeroportos e principalmente nas fronteiras terrestre”, explica o especialista.
Como são aplicadas as medidas de segurança nos aeroportos dos EUA?
A escolha de quem vai passar pela tal revista será do próprio governo americano, com base na lista de passageiros.
Depois de divulgadas tais medidas de segurança nos aeroportos dos EUA, as linhas aéreas tiveram um prazo para se adaptarem ao procedimento, já que a fiscalização é de responsabilidade das companhias.
Companhias aéreas que operam no Brasil
No Brasil, empresas que disponibilizam voos para os Estados Unidos possuem posições diferentes em relação às medidas americanas. Uma delas é a LATAM que afirma já cumprir todas as regras e regulamentos em vigor em cada um dos mercados onde atua, inclusive os do Departamento de Segurança Nacional dos Estados Unidos.
Já a Azul afirmou que todas as suas operações de voos para os EUA são sempre feitas com o devido rigor, mas que, por motivo de segurança, não podem dar maiores informações sobre suas adequações em relação às novas regras estabelecidas pelo governo norte-americano.
Companhias aéreas internacionais e suas medidas de segurança
A Emirates, por exemplo, submete seus passageiros a “entrevistas prévias” no check-in, assim como a Air France que aplica uma espécie de “entrevista de segurança” adicional. Já a Norwegian instrui seus passageiros por meio de mensagens de SMS e inicia o check-in quatro horas antes do embarque.
Outra empresa que solicita check-in antecipado é a americana Delta que, além disso, concede tempo extra para o embarque.
A chinesa Xiamen Airlines entrevista somente passageiros considerados “suspeitos”. Medidas mais rigorosas são feitas nos voos da Singapore Airlines, em que, além do questionário preliminar, também ocorre a inspeção de dispositivos eletrônicos pessoais.