2016: O ano da Virada?, por Andrea Nakane

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São tantas as expectativas, afinal seu antecessor não deixou nenhuma saudade, pelo contrário!

2015 foi um ano arrastado, penoso e emaranhado em crises de diversas facetas: política, econômica, moral e até ambiental.

Poucos realmente movimentaram-se pela revolta ou indignação, pelo menos no aspecto físico, já que no virtual, assistimos um verdadeiro palanque de discussões, na maioria das vezes, sem um debate mais profundo, gerando muito mais desconexões que socialização… mas isso é fruto das novas tecnologias  e que ainda estamos aprendendo a lidar.

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A maioria preocupou-se em como estender o dinheiro frente a galopante inflação, que após uma hibernação controlada, despertou ávida para consumir a renda do trabalhador brasileiro e tornar ainda mais difícil a gestão das empresas sérias.

E a cada amanhecer, mais um novo escândalo surgia no horizonte, sangrando ainda mais a alma de uma nação, que petrificada, assistiu a tudo, envergonhada e humilhada.

O ano termina cheio de incertezas, discussões efêmeras e a economia não demonstrando sinal de recuperação… e a pergunta que não se cala, não é mais: E agora José?

É e agora nação brasileira? O que esperar? É possível reacendermos a esperança? E a auto estima de tantos que já sofrem pelo desemprego e tantos outros que são assombrados pela possibilidade de perder sua fonte de renda? Cortes em orçamentos? Mais impostos aleijarão ainda mais a sociedade? E os políticos não tomarão vergonha na cara, nunca?

Renato Russo já esbravejava: Que país é esse? O país que criamos nossos filhos e que somos responsáveis por lhe conceder um futuro… mas que futuro? Se nem o presente estamos conseguindo organizar?

Será que o lema Ame-o ou Deixe-o será maciçamente resgatado e o melhor caminho está localizado nos aeroportos internacionais, cuja infraestrutura não é lá essa maravilha?

O ano termina cheio de incertezas, discussões efêmeras e a economia não demonstrando sinal de recuperação… e a pergunta que não se cala, não é mais: E agora José?

Seremos sede de um dos mais emblemáticos eventos mundiais, os jogos olímpicos, que ocorrerão no Rio de Janeiro e por maior que seja o endividamento público, a hora não é de reclamar, pois temos compromissos assumidos que precisarão ser honrados.

Mas como sermos anfitriões acolhedores se nosso espírito está ceifado? Como sorrir se as lágrimas teimam em brotar dos olhos marejados e estupefatos com tantas atrocidades cometidas por quem deveria zelar e cuidar de todos nós?

Sei que as perguntas são tantas… e que as respostas são vagas ou inexistentes… mas como somos um povo que não desiste nunca, a hora é de abrirmos o peito para o espírito olímpico e suscitar valores como colaboração, determinação, perseverança, otimismo e fé.

Isso nos ajudará a construir um novo tempo… sim, pois o que 2016 certamente nos brinda é a chance de arregaçarmos as mangas e selecionar pilares de sustentação mais qualificados para uma nova base, um novo amanhã.

Somos muito mais que os marginais que ludibriaram muitos de nós. Somos nós a força e a essência do país.

Vamos abraçar 2016 e escrever uma história que nos dê alento e possibilidade de continuar sonhando.

Não somos um país para sermos o último, merecemos o primeiro lugar no pódio e a medalha de ouro não nos será mais tirada e nem furtada por líderes que mascarados dissimularam seu caráter egocêntrico e desonesto.

A vitória será nossa… não de imediato… mas terá em 2016 um ano vital para essa trajetória.

Vamos juntos vislumbrar que dias melhores virão!!!

Andréa_Nakane_2_12_14Andréa Nakane é empresária, docente, doutoranda em Comunicação Social, mas acima de tudo brasileira!

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