por Manuel Suarez*
No último dia 29 de janeiro comemoramos o Dia da Hospitalidade. Ao lembrarmos a data, remetemos a um conceito ainda mais amplo e abrangente, o do acolhimento. Este, por sua vez, também está associado ao ato de hospedar, apesar de não configurar como exclusivo à atividade. Na verdade, se estende a qualquer setor de comércio e serviços e suas práticas de sociabilidade. Na concepção do Turismo, é indispensável, tornando um destino mais caloroso. É algo necessário e deve fazer parte do convívio humano, pois faz o visitante querer voltar.
Na hotelaria, é primordial para os profissionais e proprietários dos meios de hospedagem o constante aprimoramento no ato de bem receber. Toda a equipe deve atender as expectativas de seus clientes, oferecendo uma hospedagem agradável, equipe solícita e treinada para responder perguntas ou dúvidas de forma ágil, clara e precisa. Pois cortesia e eficiência geram impressões definitivas e incentivam o retorno.
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Dados do Ministério do Turismo confirmam o fato. A arte do bem receber é hoje o item melhor avaliado por turistas estrangeiros sobre o Brasil. Mas o esforço em construir uma boa imagem para o país não depende apenas da hotelaria. As viagens, por lazer, negócios ou eventos, geralmente colocam à prova a capacidade dos destinos. Já a escolha, e, consequentemente, a permanência dos visitantes no local, requer inúmeros aspectos.
A arte do bem receber é hoje o item melhor avaliado por turistas estrangeiros sobre o Brasil. Mas o esforço em construir uma boa imagem para o país não depende apenas da hotelaria
Para isto, existem facilitadores e mudanças importantes a serem realizadas nos destinos. Em primeiro lugar, a compreensão e a potencialização da comunidade sobre a importância da atividade de Turismo como uma ótima alternativa na entrada de divisas e no incremento da economia local. Em todos os lugares, a qualidade do atendimento costuma ser observado pelo visitante. Boas atitudes repercutem positivamente.
A iniciativa pública, com papel fundamental neste processo, precisa definir uma política clara e prioritária para a atividade turística. É fundamental termos uma infraestrutura adequada, incluindo estradas transitáveis, conforto e informações nas fronteiras, placas de sinalização nas principais avenidas e rodovias, projetos de revitalização das áreas culturais, opções de lazer e segurança. A consolidação, bem como a imagem de um destino, não acontece rapidamente. O trabalho de excelência e promoção é um desafio constante.
Neste momento, a alta do dólar vem influenciando o fluxo turístico interno e mais brasileiros pretendem conhecer o país. E, com certeza, nosso Estado é uma opção atraente. A hotelaria, em conjunto com o trade, governo e comunidade local, precisa formar parcerias e unir esforços. Integrados vamos superar obstáculos, avançar e receber hospitaleiramente os nossos visitantes.
* Manuel Suarez é presidente do Sindihotel (Sindicato Intermunicipal de Hotelaria do Rio Grande do Sul)