61º Fórum Executivo da Abav-SP discute realidade e perspectivas do setor de turismo

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Redação do DIÁRIO 

Cerca de 200 convidados, entre sócios, profissionais do setor e imprensa participaram do evento realizado no Novotel Jaraguá São Paulo Convention na manhã de 18 de fevereiro. Iniciativa faz parte do propósito do presidente da Abav-SP, Marcos Balsamão, de criar maior proximidade com os agentes de viagens e oportunizar discussões sobre a realidade das empresas do setor. “Quero ratificar minha determinação, enquanto presidente da entidade, de tratar o nosso associado como um cliente”, grifou Balsamão. O evento foi transmitido ao vivo, via web.

A condução do painel “Qual o valor da sua agência?” esteve a cargo de executivos da KPMG Brasil, sob a direção do sócio e líder para o setor de turismo da empresa, Moacyr Piacenti. Na apresentação do painel, Piacenti enfatizou que “hoje o Brasil lida com muitas incertezas, mas eu tenho uma visão otimista, especialmente no setor de turismo. O fato é que a crise vai passar e quem se preparar melhor para a retomada vai ser recompensado”.

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Mentalidade empreendedora

Julia Wilson, diretora do ‘Strategy Group’ da KPMG, fez exposição didática do contexto macroeconômico brasileiro. Lembrou que o país tem a seu favor, para se recuperar, uma população jovem aberta a novas tecnologias e disposta a se adaptar. “O brasileiro tem mentalidade empreendedora. Se antes apenas 30% das empresas sobreviviam aos dois anos iniciais, hoje chegamos a 75%”, registrou.

Luís Motta, sócio da KPMG Brasil, apresentou uma visão geral do ambiente empresarial e salientou alguns aspectos relevantes de uma transação. “Em 2015, a despeito da crise, houve declínio de apenas 5% nas transações de empresas no Brasil. Hoje notamos estrangeiro adquirindo empresas brasileiras a preço mais baixo. Mas se estão comprando, é porque acreditam no país”, afirmou.  Também disse que os brasileiros estão comprando empresas lá fora e que fusões/aquisições são investimentos de longo prazo; que os riscos são sempre acompanhados de oportunidades.

Flávia Vieira, gerente-sênior da KPMG, abordou a questão das sinergias no setor de agenciamento de viagens. “Temos desafios a enfrentar no cálculo das sinergias para uma agência de viagens. Ambiente informal, relatórios contábeis não aditados e estrutura familiar estão entre eles”, assinala. Outro problema está na visão estratégica de curto prazo.

Forum_abav_balsamaoO papel da entidade

O presidente da Abav-SP, Marcos Balsamão (foto à esquerda), ressaltou a importância do conhecimento a respeito de fusões e aquisições para as pequenas e médias agências de viagens – um dos temas relevantes do painel apresentado pelos executivos da KPMG. “O evento de hoje serviu para desmitificar a ideia de que fusões e aquisições só dizem respeito às empresas de grande porte. Não por acaso, o tema central do evento vai ao ponto: ‘qual o valor da sua agência’?

Depois da rodada de perguntas feitas por convidados, reiterou a importância de se criar oportunidades para o agente de viagens expor suas dúvidas, relatar suas experiências e se posicionar mais próximo da entidade. Nesse contexto, Balsamão lembrou de uma frase antológica do ex-presidente norte-americano John F. Kennedy – “não pergunte o que seu país pode fazer por você, mas o que você pode fazer pelo seu país”. O paralelismo serviu para dar parâmetros e relativizar questionamentos unilaterais – em geral de viés paternalista e até mesmo determinista.

 

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