Martin Barht, CEO do Fórum Mundial de Turismo de Lucerna: “é preciso formar talentos para o Brasil crescer”

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REDAÇÃO

Nesta quinta-feira (14) acontece no hotel Tivoli São Paulo Mofarrej o evento Talent Boost, reunindo algumas das mais relevantes lideranças do Turismo internacional, no intuito de debaterem as ações necessárias para fomentar gerações que tenham total engajamento com seu mercado de trabalho e possam investir em sua próprio auto-realização.

Esse é o primeiro evento organizado pelo Fórum Mundial de Turismo de Lucerna na América Latina e contará com representantes do Ministério do Turismo e da Embratur, o Embaixador da Suíça no Brasil e altos executivos de empresas como BHG (Brazil Hospitality Group), Sabre, Korn Ferry, Quantonomics e Bridge Over Group entre os debatedores.

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O objetivo do encontro é saber como os jovens pensam, entender suas necessidades profissionais e ir ao encontro das expectativas que têm sobre suas carreiras são indispensáveis para um bem-sucedido gerenciamento de talentos.

Antes de chegar ao Brasil, Martin Barht, CEO do Fórum Mundial de Turismo de Lucerna, concedeu com exclusividade uma entrevista a Andréa Nakane, colunista especial do DIÁRIO, respondendo a três questões relacionadas a empregabilidade no segmento de Turismo e Hotelaria. A entrevista serve também para antecipar um pouco a importância do evento desta quinta-feira,em São Paulo. Acompanhem:

ANDRÉA NAKANE – Hoje no mercado  atual de trabalho, temos um cenário único e nunca será repetido: a presença de todas as gerações (tradicionalistas, baby boomers, X, Y e Z que está chegando). Mediante tal panorama como o mercado pode ser capaz de gerir tantas pessoas com diferentes comportamentos e culturas e ainda aproveitar todos os talentos em nome de uma empresa?

MARTIN BARHT: “A chave para uma bem sucedida gestão de talentos é desenvolver uma compreensão das expectativas e prioridades de sua equipe, e atualmente o foco está concentrado na geração chamada Millennials. Como seus hábitos de trabalho e preferências diferem consideravelmente de geração anterior precisamos deixar os padrões tradicionais e envolvê-los em ambições corporativas. Ao contrário do comportamento que as gerações anteriores, especialmente a X, tiveram e tem no que diz respeito a  transparecer uma aceitação de ordem  hierárquica e pacientemente seguiam trabalhando com afinco até suas promoções internas, os Millennials exigem serem ouvidos e desejam uma trajetória na empresa muito rápida. Além disso, Eles precisam de uma direção clara e com relação aos objetivos e expectativas. E isso por si só já é um forte sinal para que os gestores e a turma de RH tenham mais proatividade para fornecer esse suporte.”

ANDRÉA NAKANE – As empresas continuam a acreditar que o principal elemento atraente para reter talentos está focado no salário. Mas percebemos que este é apenas um dos itens. O que é considerado como o mais importante na retenção de talentos? Você poderia falar mais sobre isso?

MARTIN BARHT: “Estudos internacionais salientam que o salário não é o aspecto mais importante do trabalho. O Salário vem na oitava posição do ranking.  Os primeiros 4 valores ambicionados pela maioria dos profissionais são: primeiro, ser reconhecido por seu trabalho; segundo, Ter bom relacionamento com os seus colegas; terceiro, conseguir o Equilíbrio entre Trabalho / Vida Pessoal e quarto, ter uma boa relação com o seu superior imediato.

Por isso há muito a ser trabalhado, antes mesmo da remuneração, que deve ser justa e adequada.”

ANDRÉA NAKANE – Educação continuada é uma exigência no mercado profissional, mas o setor de Turismo e Hotelaria ainda não oferece um portfólio atualizado e diversificado, com relação a essa demanda, pelo menos no Brasil. Como podemos mudar essa realidade?

MARTIN BARHT: “Formar talentosos e qualificados profissionais são fundamentais para a estratégia de crescimento do Brasil e para seu futuro. Estudos demonstram que 61% dos empregadores brasileiros têm dificuldades em preencher os postos de trabalho em suas organizações. E a escassez de talentos é um problema crônico e grave no Brasil, com implicações desastrosas. Instituições públicas e privadas precisam identificar este problema e de forma proativa reestruturar a paisagem educacional no Brasil, tendo como principais metas as seguintes ações:

  • Ampliar o acesso à educação;
  • Construir escolas e centros de estudos;
  • E melhorar a qualidade das instituições existentes.

E é preciso começar imediatamente!”

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