Eduardo Mielke*
Para cidades grandes com aproximadamente, mais de 250 mil habitantes. e ou orçamento acima de 500 milhões/ano, a pauta hoje é a Parte II da matemática da gestão tripartite dos COMTURs.
Para grandes cidades, inclusive capitais, tudo muda. Diferente de pequenas e médias, as demandas crescem proporcionalmente à diversidade que gira em torno da dinâmica econômica e social. Pressões políticas de respostas às necessidades de determinados grupos aglomeram-se e concorrem entre si. Gargalos e desafios vêm junto com inúmeras possibilidades e oportunidades para mais e maiores projetos estruturantes e estruturais, eventos, inovação de produtos e serviços. Por este contexto todo, mudanças na gestão do COMTUR e na sua configuração tornam-se necessárias.
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Na GESTÃO: o Poder Público (PP) ganha maior protagonismo na condução dos trabalhos, na medida em que torna-se salutar que o próprio Secretário de Turismo seja o Presidente do COMTUR. Motivo: A) Quanto maior a cidade, mais dinamismo e menos disponibilidade de tempo para que EMPresários individuais possam assumir a condução do processo como um todo, e a agenda de compromissos, que passa a ser mais intensa e apertada. Lembre-se que dentro do COMTUR nenhum cargo diretivo é remunerado. B) O executivo da pasta de turismo deve estar ligado ao Prefeito e ao projeto politico da Cidade. Alinhamentos oblíquos criam desconforto dentro da estrutura executiva e possíveis disputas de poder podem surgir. Elas só dividem e nada somam ao desenvolvimento de um ambiente sustentável de cooperação, tão necessário ao turismo.
O executivo da pasta de turismo deve estar ligado ao Prefeito e ao projeto político da Cidade. Alinhamentos oblíquos criam desconforto dentro da estrutura executiva e possíveis disputas de poder podem surgir
Na CONFIGURAÇÃO, cresce o número, atuação e presença do TERceiro Setor no COMTUR. Há uma tendência natural que proprietários passem a ver nas entidades o caminho para representatividade do seu negócio. Contudo, este terceiro setor deve ser dividido em dois grupos, um com entidades que representam diretamente a cadeia de valor do turismo, e outro, com as que não são turística (Ex: Associção Comercial, CDL, etc). Na matemática tripartite, o primeiro, cumpre o papel dos EMPresários e o segundo o TERceiro Setor, propriamente dito. Não obstante, esta configuração não muda as inequações que objetivam a manutenção do equilíbrio político e institucional do COMTUR dentro da política de longo prazo de turismo no município. Portanto, seguem as mesmas: EMP>PP, EMP>TER.S e PP+TER.S > EMP.
Se na Política de Turismo, a gestão via Sistema Muncipal de Turismo é estratégica, espere para perceber as vantagens para o Gestor Público. Mas isso fica para os próximos posts.
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