Pesquisa, informação e competitividade de destinos turísticos: o que (só) precisamos saber

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por Eduardo Mieke*

Em tempos de incertezas, vamos ao que você precisa saber para melhorar a competitividade da sua Cidade. Em primeiro lugar, não fique procurando por aí, à esmo. Provavelmente seu turista tem um histórico de vir dos mesmos lugares. Veja o Brasil por exemplo: desde Argentinos (1o) até Portugueses (10o), a lista do ranking dos que mais vem ao Brasil, pouco mudou ao longo dos últimos 10-15 anos. Portanto,é muito mais produtivo buscar saber o eles esperam, detalhando suas expectativas por país e por perfil. Como eles sempre estão pelas redondezas, pergunte a eles…

Segundo, e seguindo a mesma linha. Concentre seus esforços naquele tipo de público que mais se encaixa ao tipo de proposta turística que a sua Cidade oferece (patrimônio imaterial e material). É um trabalho de baixo para cima, em direção ao real. E não o contrárioNão é à toa que se fala tanto em turismo de experiência. O desafio aqui é: Quando maior a sua Cidade, mais diversificado será este processo como um todo.

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Lembre-se: Tudo é turismável, desde que tenha público.

Terceiro, as pessoas, via de regra, sempre começam a viajar regionalmente para depois expandir horizontes. Nunca pense que os de longe são melhores que os de perto. Baita erro, e custa caro atraí-los. Aliás, quanto mais longe, mais oneroso. Resumindo, assim como no parágrafo anterior, pesquise suas reais motivições e desenvolva produtos turísticos customizados as necessidades deles, dentro do que o sua Cidade oferece.

Lembre-se: Tudo é turismável, desde que tenha público.

Quarto. Tenha cuidado em buscar informações que nada ajudam. Para dar um pequeno exemplo, recentemente saiu na mídia especializada que: “Mais de 95% dos turistas estrangeiros que vieram ao país pretendem voltar”. No link: https://www.turismo.gov.br/últimas-not%C3%ADcias/6515-mais-de-95-dos-turistas-estrangeiros-que-vieram-ao-pa%C3%ADs-pretendem-voltar.html

A primeira vista, parece uma boa notícia, dando a impresão de que fizemos certo! Mas, isso é só impressão. Não há nenhuma comprovação, por exemplo, que demonstre se as pessoas repetiram aquela viagem de fato.

Tecnicamente, grau de satisfação se mede através de um somatório de “satisfações” percebidas pelo uso dos serviços turísticos, em todos os níveis. Por isso, é tão importante o olhar sobre a Cadeia de Valor. Esta integração como Política de Turismo não é à toa. É o instrumento de trabalho para o desenvolvimento de ações promocionais mais consistentes. Informação boa é aquela que fortalece o conceito de Cooperar para Competir.

Dúvidas, esclarecimentos? Pergunte.

Abr. Mielke, Dr.
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  1. Nem todos tem o privilégio de morar num país de dimensões continentais. Deve ser lembrado que o Brasil tem a questão cambial, que geralmente favorece a vinda de estrangeiros para cá, o que se traduz de maior consumo deste segmento de turistas, com o retorno financeiro em dólar ou euro, pequeno. Quando se estimula, o brasileiro a viajar para outras regiões, nacionais, o que ele gastar na viagem, estará representando a possibilidade da cidade de destino: crescer e se tornar mais atrativa ao turista. E deve haver consenso, para que a publicidade no Exterior tenha que dar o retorno esperado. Muitos Uruguaios nos visitam na Páscoa, por que eles tem a semana santa, como feriadão e é tipo de turismo que póde ser feito, via terrestre, beneficiando muitas cidades brasileiras e uruguaias, em intercâmbio, digamos assim; pela visita de brasileiros ao Uruguai e, de uruguaios, ao Brasil. Exemplo que vale para o turismo, que busque ser internacional, focado na máxima: “estando bom para ambas as partes”: Turistas e os chamados Equipamentos de Turismo.

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