Edição do DIÁRIO com agências
O Aeroporto Internacional Cataratas, de Foz do Iguaçu (PR), integra a lista dos dez terminais aéreos que serão privatizados pelo governo federal, no segundo semestre de 2017. A relação inclui ainda os aeroportos de Curitiba, Recife, Belém, Vitória, Goiânia, Cuiabá, Maceió, São Luís e Manaus. Antes deles, serão leiloados os aeroportos de Fortaleza, Salvador, Porto Alegre e Florianópolis.
A decisão do governo foi bem recebida pelo setor de turismo de Foz do Iguaçu, que vê a possibilidade de o terminal receber mais voos e retomar o crescimento no número de embarques e desembarques, prejudicado este ano pela crise econômica. No ano passado, mesmo já sob efeitos da crise, o aeroporto de Foz foi o que apresentou maior taxa de crescimento, de quase 10% em relação ao ano anterior.
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A intenção do governo é melhorar a situação da Infraero, que passaria a operar apenas aeroportos de médio porte. Os maiores serão concedidos à iniciativa privada e os pequenos seriam repassados às prefeituras, que também fariam concessões ao setor privado. O aeroporto de Foz do Iguaçu está entre os que representam um pequeno déficit para a administração da Infraero, o que também acontece com os aeroportos de Joinville e Recife, por exemplo.
“A concessão é uma alternativa que sempre defendemos, desde que iniciamos os trabalhos de revisão do Plano Diretor do aeroporto até os projetos de engenharia para desenvolvimento do novo sistema de pistas. Se o setor público não tem os recursos necessários, o bom senso recomenda que nos seja permitido conceder a exploração para a iniciativa privada”, afirma o superintendente de Comunicação Social de Itaipu e vice-presidente do Fundo Iguaçu, Gilmar Piolla. Ele completa: “Nosso aeroporto reúne todas as condições de se tornar um Hub regional, uma porta de entrada e saída do Brasil pela Costa Oeste”.
Nova pista
Com a concessão à iniciativa privada, poderão ser viabilizados os recursos para a implantação do novo Plano Diretor do Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu, que já obteve aval da própria Infraero, do Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego – Cindacta II e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Desenvolvido pelo Fundo Iguaçu, o plano prevê para o aeroporto três horizontes de expansão (2019, 2029 e 2030).
Na primeira etapa, o aeroporto receberia uma nova pista de pouso e decolagem de 3 mil metros de extensão e 45 metros de largura (futuramente, será ampliada para 60 metros), paralela à atual, que será utilizada como taxiway. Os projetos da nova pista estão sendo finalizados por uma empresa contratada pelo Fundo Iguaçu. Nesta primeira etapa, ainda, o terminal seria ampliado para atender até 5 milhões de passageiros/ano, com a instalação de pontes de embarque e desembarque móveis (fingers) e um novo acesso viário.
Na segunda fase do plano, entre 2020 e 2029, o aeroporto receberá entre 7 e 10 milhões de passageiros; e na terceira fase, para além de 2039, chamada de “esgotamento do sítio aeroportuário”, receberá 19 milhões de passageiros, quando necessitará de um alargamento da pista, de 45 para 60 metros. O Plano Diretor inclui anteprojetos para cada uma dessas fases.
O Plano Diretor aprovado é composto de sete capítulos, acrescidos do relatório final e do relatório síntese e do anteprojeto do terminal de passageiros. Os capítulos incluem inventário da situação atual, projeção de demanda futura, estudo de alternativas viáveis, desenvolvimento e planejamento a partir da alternativa selecionada.