terça-feira, maio 13, 2025
InícioBlog do DiárioAndréa Nakane, diretora do Mestres da Hospitalidade: "Há muitos...

Andréa Nakane, diretora do Mestres da Hospitalidade: “Há muitos amadores no mercado”

“Há muitos amadores que assolam o mercado”, defende Andréa Nakane, diretora do Mestres da Hospitalidade e professora universitária, durante entrevista ao DIÁRIO. Segundo ela, este tipo de profissional pode, em diversos momentos, acabar manchando a imagem de toda a atividade. A professora com extenso histórico profissional na área de hotelaria e turismo é a nova entrevistada do quadro PERFIL DT.

Andrea é co-autora do livro Turismo, Hotelaria e Eventos. A arte e a técnica do profissional do setor. (Editora Viena, São Paulo, 2013) e autora do Segurança em Eventos: Não Dá para Ficar Sem! (ditora Aleph, São Paulo), é membro do MPI – Meeting Professional International, capítulo Brasil e vice-presidente de capacitação da Associação dos Embaixadores do Rio de Janeiro.

DIÁRIO – Qual é o principal trabalho da Mestres da Hospitalidade?

ANDRÉA NAKANE – A Mestres da Hospitalidade tem como foco de trabalho a oferta de serviços de consultoria completa na elaboração, planejamento e execução de eventos, além da lapidação profissional em diversas áreas de conhecimento, colaborando, assim, para elevar a imagem corporativa das instituições, produtos e/ou serviços, por meio de uma equipe “just-in-time” liderada por duas experientes profissionais das áreas de Comunicação, Marketing, Educação, Hospitalidade e Turismo.

Nosso trabalho tem premissas na essência da Hospitalidade e de Competências Técnicas e Humanas para que seu investimento seja muito mais assertivo e que tenha como foco resultados de encantamento, que propiciem negócios plenos e diferenciações competitivas.

DIÁRIO – É mais difícil trabalhar com hospitalidade em um mercado tão competitivo e apressado, cheio de metas a serem cumpridas?

ANDRÉA NAKANE – Em plena era contemporânea, o mercado como um todo tem usado de todo o poder extraordinário da tecnologia, no intuito de gerar mais atratividade, impacto e conexões.

São novos tempos, novas exigências, novas possibilidades, novas ofertas. Mas há uma que jamais deveria ter sido deixada de lado ou até perdida: o de relacionar-se.

Há muito a área de serviço no Brasil tem deixado a desejar, apesar de contrariamente essa situação chocar-se com a essência hospitaleira, nata da nação. Em algum momento a desatenção, o desleixo e a forma mecanicista de receber tornou-se um padrão, visto do Oiapoque ao Chuí.

E para nossa surpresa, esse comportamento também chegou na própria área da hospitalidade, fragilizando o escopo do desenvolvimento de um cenário de bem estar, que até pode ser emoldurado por mil e uma projeções tecnológicas,uma decoração de impacto, mas fica faltando algo, fica faltando calor humano.

Hotelaria_09_14

E isso não podemos jamais deixar de estimular, já que são as pessoas que representam as empresas, os negócios. E isso é um dos escopos de trabalho da minha empresa. Infelizmente, e, por outro lado, felizmente, não podemos reclamar de falta de clientes.

DIÁRIO – Como conciliar o trabalho em uma empresa como dona, acadêmica e mãe?

ANDRÉA NAKANE – É um grande desafio. Porém, sendo mulher brasileira, acredito que essa força esteja presente em nossa essência.

Certamente gostaria de ter mais tempo para o exercício pleno e tranquilo de todas essas missões que tenho, mas procuro cumprí-las de forma sagaz, com qualidade, sensibilidade e, sobretudo, de forma muito digna, demonstrando que podemos ter êxito sendo íntegros e respeitosos.

Além disso, contar com uma equipe parceira e com a família e amigos, que estão juntos para o que der e vier, também faz toda a diferença.

DIÁRIO – Quais são suas maiores influências como profissional?

ANDRÉA NAKANE – Joana Palhares – jornalista e colunista, a dama do jornalismo turístico; Vera Campaci – hoteleira e proprietária de agência de viagens de luxo; Gilda Fleury Meirelles – RP e Cerimonialista; Marisa Canton – A primeira doutora em Eventos do Brasil; Chieko Aoki – Empresária Hoteleira; Ginha Nader – escritora e guia de turismo.

Ah… e é claro… um homem  no clube da Luluzinha: Walt Disney. Sou apaixonada por sua mente criativa e história de vida. A forma como construiu seu império e sobretudo por seu legado de encantar gerações e gerações, sempre com muita fantasia e árduo trabalho que beira a perfeição.

DIÁRIO – Quais são os maiores obstáculos encontrados no Brasil para a sua área de atuação?

ANDRÉA NAKANE – No que diz respeito ao planejamento e organização de eventos, há muitos amadores que assolam o mercado, o que acaba em diversos momentos maculando a imagem de toda a atividade. Em função disso temos trabalho dobrado para reforçar a integridade e profissionalismo daqueles que realmente tem  know how e expertise apurado.

Já no ambiente acadêmico, a falta de investimentos nos docentes é a grande pedra no calcanhar da Educação e que consequentemente atinge o público universitário, que encontra professores desestimulados e muito pouco ativos como pesquisadores e/ou profissionais do mercado. Como tenho ciência da latente necessidade de atualização, busco investir frequentemente em participações em congressos, feiras, workshops, exposições, cursos EAD, entre outras formas de ampliar networking e conhecimentos, mantendo-se assim em sintonia com a contemporaneidade corporativa, educacional e suas tendências e dessa forma ofertar um melhor compartilhamento com meus discentes.

 

 

 

Compartilhe essa matéria com quem você gosta!

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Enriqueça o Diário com o seu comentário!

Participe e leia opiniões de outros leitores.
Ao final de cada matéria, em comentários.

Matérias em destaque