Na última quarta-feira (10), a Clia Abremar Brasil (Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos), realizou o primeiro Encontro Setorial de Cruzeiros Marítimos sobre trabalho a bordo, no Hotel Grand Bittar, em Brasília (DF).
O encontro contou com a presença de 50 convidados, entre eles o Secretário Executivo do Ministério do Turismo, Alberto Alves, que representou o Ministro do Turismo, Vinícius Lages; Cristiano Borges, Coordenador do Grupo Técnico Náutico do Ministério do Turismo; Ana Kátia Martins, que representou o presidente da Comissão de Turismo da Câmara Federal; Deputado Renato Mulling; Marjolaine Canto, representante da CNC junto ao Conselho Nacional de Imigração; e a Dra. Junia Bonfante, Procuradora Regional do Trabalho da Primeira Região.
O evento teve apresentação do Dr. Paulo Sérgio de Almeida, do Conselho Nacional de Imigração (CNIg), que relatou a evolução das normativas do Conselho e os fundamentos pelos quais o CNIg elaborou a RN 71, que exige uma cota de 25% de brasileiros a bordo e reconhece a normativa internacional quando os contratos forem de longo prazo. Paulo Sérgio acrescentou que o setor de Cruzeiros Marítimos gerou possibilidades de emprego que não existiam antes.
O presidente da Clia Abremar Brasil, Roberto Fusaro, agradeceu a todos os participantes e ratificou que a meta é olhar para o futuro e criar as condições para que indústria volte a crescer no Brasil, revertendo a perda de 5 mil empregos na indústria – da temporada 2010/2011 para a temporada 2013/2014. “Esse objetivo vai ser alcançado com normativas claras, que permitam aos armadores continuar oferecendo excelentes condições de emprego, corrigindo os erros onde existirem, mas dando certeza às relações entre empregador e empregado”, conclui.
Trabalho a bordo
O setor de cruzeiros marítimos gerou, na temporada 2013/2014, 15.465 postos de trabalho na economia brasileira, o que representou um resultado 25,1% inferior ao apurado em 2010/2011, sendo 2.591 tripulantes dos navios (-53,8%) e 12.874 gerados, de forma direta e indireta (-14,4%), pelos gastos dos turistas nas cidades portuárias de embarque/desembarque e visitadas, além dos gerados na cadeia produtiva de apoio ao setor.
MVB