Um relatório oficial divulgado em 19 de julho pelo Conselho de Investigação de Acidentes de Aviação e Ferrovias da Coreia do Sul revelou que um erro de piloto foi determinante no acidente com o voo 2216 da Jeju Air, ocorrido em 2 de abril de 2024, no Aeroporto Internacional de Muan. A tragédia deixou 179 mortos entre 181 ocupantes da aeronave, incluindo seis tripulantes.
REDAÇÃO DO DIÁRIO com informações de agências internacionais
De acordo com a investigação, após a colisão com um bando de aves durante a aproximação para o pouso, o comandante desligou por engano o motor esquerdo — que ainda operava normalmente — em vez do motor direito, que havia sido atingido. O erro comprometeu a propulsão e os sistemas essenciais da aeronave, como os gravadores de dados, os comandos da cabine e o trem de pouso.
A aeronave, um Boeing 737-800, havia decolado de Bangkok, na Tailândia, às 4h30 (horário local), com previsão de chegada às 8h30 na Coreia do Sul. Durante a tentativa de pouso em Muan, a cerca de 288 km de Seul, o avião saiu da pista e colidiu com a cerca de proteção, resultando em uma explosão. Apenas dois passageiros sobreviveram.
Os motores foram enviados a Paris em maio para análise técnica. Nenhum defeito mecânico foi identificado, reforçando a conclusão de erro operacional. O relatório, no entanto, gerou críticas por parte de familiares das vítimas, que alegam falta de transparência, e do sindicato dos pilotos da Jeju Air, que contestou as conclusões da investigação.
Em resposta ao acidente, o governo sul-coreano anunciou medidas preventivas, incluindo a instalação de radares e câmeras em aeroportos para reduzir o risco de colisões com aves.