Sempre que penso em Turismo, penso em Arte sob diversos olhares, a de encantar pessoas, a de superar expectativas, a de mostrar encanto em preparar comidas, drinks, arrumar mesas, forrar camas, preparar salões para eventos, limpar e deixar tudo tinindo, cuidar da manutenção e da segurança nos bastidores e a todos os objetos de arte que enfeitam nossas cidades. Acredito que há amor nem sempre revelado objetivamente em cada gesto de todos que participam da beleza do mundo ou a divulgam com o carinho que ela merece.
Sempre que visito um museu, uma galeria de arte, que vejo estátuas distribuídas ao longo das cidades, embora não seja um especialista na matéria, me delicio com um trabalho tão minucioso, que é feito por almas privilegiadas cujos corações estão cheios de destreza, mas de muito carinho e vontade de colaborar com a construção de algo subjetivo, mas que como demanda várias interpretações nos remete a uma reflexão continua de que sem arte o mundo não teria sobrevivido e a pandemia teria sido mais dura ainda de suportar .
Fora as vozes que entoam canções e poemas que são declamados e criados para acalmar nossa ansiedade e as incertezas. A música e seus instrumentos nos fazem perceber que ainda a esperança existe e nos enchem de novas sensações oriundas do entendimento de que sons estão presentes em todos os momentos da vida. Também não posso viver sem a beleza da dança clássica e moderna nos palcos dos teatros e nas praças públicas que envolvem grupos heterogêneos que apreciam juntos espetáculos ímpares.
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Pintar, criar colagens, desenhar, esculpir são tantas as vertentes da arte que o mundo não saberia agradecer nunca a cada artista por sua imensa colaboração. O turismo e as viagens contribuem para mudar nossas percepções assim como os professores de Arte que nos ensinam as técnicas e desvendam mistérios, alguns diariamente com seus posts nas redes sociais e em suas lives.
Arte é a cultura de um povo que está presente em cada peça de artesanato, em cada bordado, nas rendas, mas que demanda esforços que só aqueles que a produzem sabem, como, por exemplo, os atores e atrizes que em peças, novelas, programas humorísticos, filmes nos fazem amantes de seus personagens e de seu trabalho.
Sinceramente, só posso agradecer a tantos atores e deixar claro que o desdenho à arte é um crime e que felizes aqueles que conseguem aprecia-la e os países que a priorizam com políticas públicas e recursos .
*Bayard Do Coutto Boiteux é professor universitário, escritor e trabalha voluntariamente no Instituto Preservale e na Associação dos Embaixadores de Turismo do RJ.