A Missão Impossível de Saint-Exupéry e seu mecânico André Prévot

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Em janeiro de 1938, Saint-Exupéry decide tentar um novo trajeto que conecte a cidade de Nova York à Terra do Fogo. Para a missão, ele contou com a companhia de seu amigo inseparável, o mecânico André Prévot, embarcam no navio Ile de França levando o equipamento Simoun F-ANXK desmontado até a cidade de Nova York.

Por Augusto Wanderley*


André Prévot inclusive, foi quem viveu a desventura da queda no Deserto do Saara com Saint-Exupéry, episódio em que o Pequeno Príncipe nasce.

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Seu mecânico Saint-Exupéry inseparável André Prévot (foto: divulgação)

Porém, esse trajeto já não tem muito significado, pelo fato do aparelho que o amigo de Saint-Exupéry levava, já estar envelhecido, pois nos níveis aéreos dos Estados Unidos, outro avião já gozava de novos procedimentos aeronáuticos de controle aéreo, o aparelho Douglas DC3.

Equipamento Simoun F-ANXK (foto: divulgação)

Para dificultar ainda mais a missão, Saint-Exupéry encontrava dificuldade no inglês e com os controladores de voo, aliás, uma curiosidade é que Saint-Exupéry nunca se interessou em aprender e dominar a língua inglesa, o que mais tarde, ele pôde provar de sua negligência.

Além dessa situação, o avião DC3 percorria diariamente o território e a América do Sul. Saint-Exupéry e Prévot descem então a Costa Leste por etapas, ganhando saudações dos franceses por onde passavam em meio à dificuldade da missão.

Mais um desafio: Uma necessidade de reabastecimento na Guatemala onde vai ser lugar para mais uma catástrofe. O campo curto, alto em altitude e em temperatura, deixa o pouso mais perigoso. Uma confusão de galões americanos e guatemaltecos sobrecarrega o aparelho que se acidenta ao fundo da pista. É um terrível estrondo de madeira, chapas e motor.

Peças no fundo do mar (foto: divulgação)

O episódio da Guatemala, claro, infelizmente deixou sequelas físicas e mentais aos dois e ainda mais sérias ao piloto, a ponto de o mecânico não querer mais voar com Saint-Exupéry, sendo o penúltimo acidente de Saint-Exupéry, o último foi fatal, tendo sido no dia 31 de julho de 1944, quando em uma missão de reconhecimento e levantamento fotográfico durante a Segunda Guerra Mundial, Saint-Exupéry enquanto lutava para os Aliados, foi atingido e acabou caindo no Mar Mediterrâneo, onde apenas em 1998, foi encontrado o seu bracelete com seu nome e o de sua esposa Consuelo Saint-Exupéry na Costa de Marselha, e em 2003, partes de seu avião P-Lightning 38, com o número de série do aparelho que era de Saint-Exupéry, sendo desvendado então, o mistério de seu desaparecimento somente 58 anos depois.


Crédito: José Augusto Cavalcanti Wanderley

Colaborou: Nicole B. Vieira da Rocha Santos

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