quinta-feira, novembro 27, 2025
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A Reforma Tributária e os 15 anos de aprendizado da Controllo BPO no trade do turismo

A Reforma Tributária chegou, e o turismo precisa olhar para ela agora.

por Rubens Rocha, Diretor de Planejamento, Gestão e Resultados Controllo BPO*

No setor de viagens, onde margens são sensíveis, operações são complexas e decisões afetam cadeias inteiras, este novo cenário da Reforma Tributária deixou de ser um assunto técnico para se tornar um tema estratégico imediato. A Emenda Constitucional 132/2023 inaugura o maior redesenho do sistema de consumo no Brasil em décadas, e, para o trade, isso significa muito mais do que trocar siglas, significa repensar o funcionamento das empresas.

A Reforma não vai esperar ninguém, mas pode favorecer quem se prepara desde já.

A pergunta não é: “Quanto isso vai custar?”
A pergunta é:

“Quanto isso vai me fazer crescer se eu fizer certo?”

E é isso que a Controllo BPO vem entregando há 15 anos, transformar números em direção, e direção em crescimento sustentável.

O que muda na prática para o setor de turismo?

A Reforma institui um IVA dual composto por:
• CBS (Federal) – substituirá PIS e Cofins;
• IBS (Estadual/Municipal) – substituirá ICMS e ISS;
• IS (Imposto Seletivo) – incidindo sobre itens prejudiciais à saúde e ao meio ambiente.

E traz dois movimentos críticos para o trade:

1. Princípio do Destino
O imposto será pago onde o serviço é consumido, não onde é prestado. Isso altera rotas tributárias, contratos, precificação e centros de custo — pilares essenciais em turismo.

2. Crédito amplo

O contribuinte poderá aproveitar integralmente o imposto pago na cadeia.
Para empresas organizadas, é vantagem. para empresas sem governança, é risco.

A transição, que vai até 2033, será o período mais complexo, com dois sistemas convivendo simultaneamente.

Por que o turismo precisa de atenção especial?

Uma visão apurada decorrente das nossas experiências, está muito claro que o trade opera um dos ecossistemas mais complexos do país:

• operações interestaduais;
• margens apertadas;
• receita híbrida (comissão, fee, markup, consolidação);
• forte dependência tecnológica;
• variações cambiais constantes.

A Reforma toca diretamente nesses mecanismos, o impacto é claro:

1. Quem não se organizar, paga mais.
2. Quem não revisar processos, perde competitividade.
3. Quem não treinar equipes, erra operações.
4. Quem não mapear margens, compromete caixa.

Ao longo dos 15 anos da Controllo BPO dentro do turismo.
Com tudo que já vimos de forma predominante, mas que com as mudanças que estão por vir, podem refletir a algo que quase sempre foram predominantes é um padrão se mantém;

“não crescem as maiores empresas, crescem as mais organizadas é preparada para os novos desafios.

Nossa missão da qual contextualizamos neste artigo a visão da Controllo BPO que consiste em compartilhar conhecimento, orientar e preparar, como empresa especializada em gestão, planejamento e contabilidade aplicadas ao turismo, entendemos que o impacto da Reforma será tão grande quanto o nível de preparação das empresas.

Por isso, nosso papel não é apenas operacional é educacional queremos compartilhar com clareza ao um setor que, historicamente, sempre cresceu com criatividade e resiliência, mas que agora precisa crescer também com gestão, compliance, análise de dados e governança.

Nossos estudos mostram que os pilares administrativos e operacionais, financeiro, fiscal, precificação, processos e tecnologia, precisam estar conectados, integrados e sólidos para que a Reforma gere oportunidades.
E isso vale para todos os regimes:

O que muda de 2025 para 2026 nos regimes tributários?

• Simples Nacional — impacto indireto
Permanece no regime, mas sentirá reflexos nos custos dos fornecedores, na cadeia de crédito do mercado e nas margens de venda.

• Lucro Presumido — o regime mais sensível na largada A troca do PIS/Cofins pela CBS altera cálculos, centros de custo e margens.
Agências, operadoras e empresas de serviços precisarão revisar modelos de precificação e contratos.

• Lucro Real — potencial para vantagem competitiva Quem estiver organizado aproveitará créditos e poderá reduzir carga efetiva.
Quem estiver despadronizado perderá oportunidades e poderá sofrer autuações.

Em resumo a Reforma não mexe apenas no imposto, ela mexe no funcionamento da empresa.

“Um case prático do trade, simples, mas transformador, em um diagnóstico recente, analisamos uma operadora nacional que enfrentaria aumento significativo de carga no período de transição.

Ao reorganizar centros de custo, revisar classificações fiscais e ajustar parametrizações no ERP, o impacto tributário projetado caiu 11%.
Nada no produto mudou, Nada no comercial mudou, a operação era a mesma.

O que mudou? Governança, Pequenas decisões técnicas criam grandes resultados quando existe método.

Contudo queremos destacar que ao longo dessa jornada, estruturamos uma operação altamente preparada para a Reforma: equipes técnicas especializadas, processos padronizados e tecnologia de última geração totalmente integrada à nossa rotina fiscal, contábil, administrativa e previdenciária. A Controllo opera com ferramentas inteligentes, automações, monitoramentos contínuos e recursos avançados de inteligência artificial que garantem precisão, velocidade, compliance e controle total dos dados. Essa infraestrutura robusta nos permite apoiar as empresas do trade com segurança e estratégia, transformando complexidade em direção e direção em resultados.

Reforma Tributária
O que as empresas do turismo devem fazer agora? (Pixabay)

O que as empresas do turismo devem fazer agora?

1. Mapeamento tributário e operacional profundo Produto por produto, serviço por serviço, estado por estado.

2. Simulações reais de impacto
Comparar margens de 2025 x 2026 x 2027 com previsibilidade é planejamento

3. Revisão de processos internos Financeiro, fiscal, contratos, logística, compliance.

4. Preparar ERPs e sistemas
Sem sistema adequado, não há crédito — e sem crédito, não há competitividade.

5. Treinar equipes
Do faturamento ao financeiro, passando por parametrizações.

6. Analisar competitividade e reposicionar margens A Reforma será também um jogo de estratégia.

No mesmo ambiente tributário, duas empresas terão resultados completamente diferentes.
A preparada ganha margem, crédito e vantagem.
A desorganizada perde competitividade.
A diferença não será a Reforma, será a governança.

Conversando com algumas empresas do mercado de seguimentos diversos deste nicho, a verdade que o turismo precisa aceitar para crescer, o turismo brasileiro sempre cresceu pela criatividade, pela força empreendedora e pela capacidade de adaptação, mas agora, talvez pela primeira vez, crescimento exige números, método e disciplina.

A verdadeira inovação do trade nesta década será a governança, empresas que dominarem processos, dados, gestão e conformidade sairão na frente.
A Reforma Tributária não chega para punir; chega para reorganizar, quem estiver preparado, avança.

A oportunidade está na preparação, não na reação, a Reforma Tributária inaugura um novo ciclo para o setor, e como toda mudança profunda, ela oferece riscos para os despreparados, e oportunidades para quem assume o protagonismo. A profissionalização do trade, tantas vezes adiada, agora é inadiável.

Nesta trajetória de 15 anos atendendo empresas do turismo em todos os estados do país, posso afirmar com clareza; os próximos dois anos serão determinantes para separar quem apenas reage de quem realmente evolui com a mudança, a Reforma não será um obstáculo, será um teste de maturidade.

Ao observarmos o comportamento do mercado nos últimos anos, percebemos que o trade turístico vive um momento único de crescimento acelerado, digitalização intensa, novos modelos de negócio e uma pressão cada vez maior por eficiência operacional. A Reforma Tributária chega justamente no ponto em que o setor precisa evoluir sua estrutura interna para sustentar esse avanço.

A Controllo BPO tem contribuído diretamente nesse processo ao combinar uma visão operacional profunda revisando rotinas, sistemas, parâmetros, controles e processos , com uma visão comercial estratégica, ajudando empresas a recalibrar margens, contratos, precificação e indicadores para o novo cenário tributário. Nosso compromisso é garantir que a inteligência operacional se conecte ao propósito comercial, permitindo que cada empresa do trade transforme a Reforma em vantagem competitiva real, sustentável e mensurável.

Estamos preparados para a Reforma.

Equipe técnica especializada, processos maduros, tecnologia avançada e fluxos integrados com inteligência artificial.

A Controllo opera com precisão, automação e governança. está pronta para guiar o trade com segurança e estratégia.

*Rubens Rocha
Diretor de Planejamento, Gestão e Resultados Controllo BPO – 15 anos transformando números em estratégia

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