ABEAR e empresas aéreas se reuniram no Palácio do Planalto e debateram vários assuntos da agenda do setor de aviação
Na última quarta-feira, 07, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR) e suas associadas GOL e LATAM, mais a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), estiveram na Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República. O objetivo foi apresentar parte da agenda de temas do setor aéreo que estão em discussão.
Dentre os principais assuntos estão: a Reforma Tributária, a produção em larga escala do combustível sustentável (SAF) e o mercado de créditos de carbono.
Ainda, Jurema Monteiro, a presidente da ABEAR, destacou a importância da participação efetiva do setor aéreo no Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, conhecido como Conselhão. Então, a entidade reforçou a necessidade de participação da aviação no Conselhão, considerando o tamanho e o papel social do setor aéreo.
Nesse sentido, Guilherme Carvalho, o Chefe de Gabinete da Secretaria-Executiva do Conselhão, falou sobre a importância do setor aéreo. Ele também ressaltou que deve haver uma maior aproximação do governo para poder entender as suas particularidades.
“O que conecta nosso país é esse setor, que tem sido muito resiliente e estratégico. Temos muito interesse em estar bem-informados e queremos estar próximos para termos uma visão sistêmica para enriquecer a nossa capacidade de atuar em profundidade nesses temas. Vários debates devem passar pelo conselho e queremos o setor aéreo lá”, disse Guilherme Carvalho.
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ABEAR e empresas aéreas falam sobre reforma tributária
Outro tema que debateram no encontro foi a reforma tributária, que está em discussão no Congresso Nacional. Para a ABEAR, a reforma é positiva. Mas a criação de um imposto único pode trazer uma carga insustentável para o setor aéreo. Isso porque, segundo cálculos das aéreas, se a alíquota proposta de 25% se manter, cada empresa deve ter um aumento de custos de R$ 3,7 bilhões/ano.
Sustentabilidade na aviação
Durante o encontro, também discutiram medidas para uma política de produção em larga escala do combustível sustentável no Brasil, o SAF. Além do mercado de crédito de carbono para compensação de emissões das aéreas. Juntas, essas medidas representam 84% do conjunto de medidas para zerar as emissões do setor aéreo até 2050.
Outros 13% correspondem a novas tecnologias, enquanto 3% são as questões de infraestrutura e operações.
“O país já esteve na vanguarda de biocombustíveis nos anos 70 (com o programa do Proálcool). Hoje temos uma nova oportunidade de liderar o mercado em diferentes tipos de combustíveis, incluindo o SAF. Para que possamos atingir esse objetivo temos que estar juntos, em um diálogo amplo entre a indústria, os produtores e o governo para que possamos construir conjuntamente políticas públicas que garantam a produção e o consumo em larga escala do SAF no país”, afirmou Jurema.
Para saber mais, acesse o site oficial da Associação.
EDIÇÃO DO DT (CF) com ABEAR.