Por Paulo Atzingen
Nunca o design, a tecnologia, a arquitetura e a criatividade estiveram tão unidos no mundo da hotelaria. Reunir gente talentosa em um mesmo espaço para ouvir gente mais talentosa falar de conceitos e experiências de interatividade, empreendedorismo social e, claro, tecnologia, é inspirador.
Esse combustível teórico oferecido por eventos bem pensados e produzidos, veio carregado de exemplos práticos e boas cargas de trabalho tecnológico, mental e braçal durante o Design & Technical Summit 2017: Cutting Edge Hospitality que aconteceu nesta terça-feira (20) em São Paulo.
Iniciativa do grupo AccorHotels, o evento reuniu em um só lugar fornecedores, parceiros, arquitetos, jornalistas e inúmeros profissionais que beberam boas doses das tendências atuais de arquitetura, design e inovação tecnológica para o segmento hoteleiro.
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Com um formato de apresentação clássico palco-apresentador-telão, o evento teve pessoas tarimbadas à frente como o curador de artes urbanas Antônio Curti, o economista Eduardo Moreira, o diretor executivo do GBC Brasil Felipe Faria, o vice-presidente Marketing Innovation da AccorHotels, Frederic Fontaine, o diretor de Inovação da 3M Luiz Serafin, a arquiteta Patricia Anastassiadis, entre outros talentos.
Ao final ocorreu a cerimônia de entrega do Prêmio AccorHotels Design & Technical Summit 2017.
Mote
De acordo com o curador do evento Paulo Mancio, a ideia principal do encontro é apresentar as transformações que as empresas hoteleiras vêm passando, com foco na experiência, no ser humano. “Esse é o mote. Falar sobre as experiências e de como vai ser o apartamento do futuro. Como a gente pode transformar, através da linguagem do design um hotel, tornando-o muito mais flexível, muito mais integrado às pessoas, mais acolhedor”, afirmou ao DIÁRIO.
Acabou essa história
A proposta defendida pela AccorHotels e que faz escola no mundo da arquitetura de interiores em respeitar e promover a individualidade nos hotéis, aparentemente corre paralelo à ideia de democratizar o espaço e torná-lo apto para todos. Questionado sobre essa tendência, Paulo Mancio explicou que tem uma coisa genial nisso. “Tínhamos hotéis padrões, o mesmo padrão que era em Moscou e a gente era muito orgulhoso disso, pois era o mesmo padrão em outras cidades do mundo. Acabou essa história. A questão é agora fazer uma coisa única, local, pensando na comunidade e nas pessoas que vão ali habitar”, afirmou ao DIÁRIO.
Quebrando padrões
Paulo acrescenta que este é o primeiro passo. “O segundo é que através do design o hotel seja mais acolhedor, mais style, seja uma coisa convergente, para todas as tribos, para todas as pessoas. São duas coisas que correm paralelas. Uma quebrando os padrões, com uma cultura mais versátil e outra olhando para o ser humano e sua experiência”, enumerou.
Sustentabilidade e performance
Dentre a premiação AccorHotels Design & Technical Summit 2017 o grupo hoteleiro reconheceu três categorias: Design, inovação tecnológica e arquitetura.
“A proposta é trazer novos talentos, para que a gente possa e consiga aprimorar nossos hotéis e ter mais performance e fique mais sustentável, com pensamentos disruptivos. Que a gente possa repensar, o consumo de energia, de água e sobretudo, no que mais acredito, pensar o pré-projeto, e planejar muito bem para que não se tenha mais gastos e não se tenha o retrabalho”, sintetizou.