A nota de esclarecimento da Southwest causou má impressão entre profissionais e público
Do Blog Comunique-se
Um caso envolvendo a companhia aérea norte-americana Southwest gerou debate entre profissionais de comunicação no mundo todo. Em fevereiro deste ano, 600 voos da empresa foram cancelados e mais de mil decolaram com atraso numa única semana.
Do ponto de vista da comunicação, o que chamou a atenção foi o release de imprensa publicado no site da empresa. Assinado pelo COO (cargo equivalente ao de diretor de operações), Mike Van de Ven, o texto explica o problema da seguinte forma:
“A Southwest tem negociado com a Associação Fraternal de Mecânicos de Aeronaves (AMFA), que representa cerca de 2,4 mil mecânicos, há mais de seis anos. No dia 12 de fevereiro, apenas alguns dias depois das últimas negociações com a AMFA, uma quantidade sem precedentes de mecânicos pararam de trabalhar em quatro localidades, apesar de não ter havido mudanças em nosso programa de manutenção, na liderança, nas políticas e nos procedimentos”.
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O tom da mensagem deu a entender que, enquanto dezenas de milhares de passageiros viviam o transtorno do cancelamento, a empresa parecia mais preocupada em encontrar um culpado. Ainda que a negociação com o sindicado seja realmente a causa da crise, a postura desagradou.
Repercussão na imprensa internacional
O Business Insider, importante site de marketing e negócios, foi um dos que criticaram a postura. O site adotou tom de desaprovação em sua análise do caso, e associou a crise às quedas nas ações. “Southwest culpa sindicato de mecânicos por centenas de voos cancelados — e suas ações estão caindo”.
Mas a manifestação mais clara de reprovação ao modo como a crise foi gerenciada veio de um dos principais veículos especializados em relações públicas dos Estados Unidos, o PR Week. Numa enquete, o site lançou a seguinte pergunta: “Voo alto ou fracasso? A Southwest deveria ter culpado o sindicato pelos cancelamentos?”.
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