Players do setor turístico – entre eles hoteleiros, operadores – e representantes de instituições foram entrevistados pelo DIÁRIO DO TURISMO para falarem sobre suas expectativas para o ano que começa. O entrevistado desta vez é Afonso Louro, presidente da Visual Turismo.
O oitavo entrevistado que falou com o DIÁRIO sobre suas expectativas para esse ano que se inicia e ainda diante de um quadro econômico recessivo, é Afonso Gomes Louro, fundador da Visual Turismo. Ele afirma
DIÁRIO – O senhor pode fazer um prognóstico de como se apresentará o mercado hoteleiro no primeiro semestre e segundo semestre de 2017?
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Afonso Louro: Tivemos um 2016 desafiador. Muitas oportunidades foram implementadas ano passado e esperamos colhê-las em 2017. Como o Brasil começa a funcionar em março, a partir daí, teremos uma performance melhor de vendas. Agora também fizemos um reforço para janeiro, pois nossa perspectiva é muito positiva.
Lançamos novos produtos recentemente como as casas para veraneio com serviço de hotelaria. Uma ação que deu um excelente resultado. Reforçamos o programa ecológico e as opções de hotelaria de luxo e charme. Nossa meta de crescimento para este ano é de 12%.
DIÁRIO – Tendências apontam que com a economia recessiva o turismo internacional (emissivo) pode surpreender, concorda?
Afonso Louro: Sim, pode surpreender. O segmento não parou. Houve uma diminuição da oferta com a redução de voos internacionais. Notamos que alguns voos internacionais surgiram a partir de novas origens como de Belo Horizonte para Buenos Aires ou Manaus para os Estados Unidos. Isso tem mais possibilidades para atingir novos mercados, o que é muito bom para o mercado brasileiro.
DIÁRIO – Como analisa o mercado de operadoras com o governo Temer (em relação ao mercado nacional) e governo Doria (em relação a São Paulo)?
Afonso Louro: Com relação ao aspecto nacional, minha expectativa é a de que estão demorando muito para resolver questões políticas. Eu que tenho 50 anos trabalhando com o turismo e 30 com a Visual, achava que já tinha visto de tudo e todos os momentos políticos de crise. Não existe muita confiança, pois estão demorando para fixar metas. Isso gera um impacto na economia.
Quanto ao Dória, ele é um gestor e criou um conselho para o turismo, algo que nenhum outro fez. Aliás ele já está fazendo uma série de ações. É um trabalhador especialmente para o turismo.