Caminhar pela chamada “Jornada de Mandela” significa passar pelos diversos pontos turísticos relacionados à sua história e poder compreender melhor a essência da luta pela liberdade
Agências com Edição do DIÁRIO
No dia 18 de julho de 2018 o sul-africano Nelson Mandela faria 100 anos. Para celebrar o ex-presidente, que tem sua imagem associada à luta pela liberdade e igualdade no mundo, festas, eventos e shows marcarão o ano. Além disso, um inventivo aplicativo desenvolvido pelo escritório de turismo da África do Sul faz com que qualquer um possa vestir os sapatos do líder e ter a experiência de percorrer os passos de Madiba, como Mandela é carinhosamente chamado por lá.
Caminhar pela chamada “Jornada de Mandela” significa passar pelos diversos pontos turísticos relacionados à sua história e poder compreender melhor a essência da luta pela liberdade. Para orientar os viajantes, foi criado o aplicativo Madiba’s Journey (A Jornada de Madiba), que usa dados de localização dos usuários para indicar em tempo real a que distância eles se encontram das atrações, além de ajudar na organização de itinerários. O aplicativo também fornece uma série de informações em português sobre os lugares, com textos e áudios a respeito das atrações, mapas e galerias de fotos; de modo que mesmo quem não pode estar na África do Sul tem a chance de conhecer de forma íntima e comovente a história de Mandela. Além disso, o app facilita o compartilhamento da experiência nas redes sociais e possui um sistema de recompensas ligado ao nível de engajamento online do usuário.
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Locais icônicos
Entre os locais icônicos que é possível visitar está o Soweto, em Joanesburgo. Inicialmente concebida como uma “township”, ou seja, uma área urbana criada para a construção de habitações para não-brancos, a região foi um importante foco de resistência no período do Apartheid. Hoje, Soweto recebe uma grande quantidade de turistas, que se concentram especialmente na Vilakazi Street¸ única rua do mundo onde viveram dois vencedores do Prêmio Nobel da Paz: o arcebispo emérito Desmond Tutu e Nelson Mandela. Entre os locais que podem ser visitados por ali está a casa onde Madiba viveu por 15 anos, hoje um museu.
Cidade do Cabo
Já na Cidade do Cabo, é imperdível a ida à Robben Island, prisão onde Mandela passou 18 dos 27 anos em que ficou encarcerado. Ao chegar à ilha, após 30 minutos em um barco que sai do V&A Waterfront, os visitantes fazem um tour dividido em duas partes: uma a pé por dentro da prisão, onde são conduzidos por um ex-prisioneiro político que os leva, inclusive, à cela onde dormia Mandela; e uma de ônibus pela ilha, onde é possível saber mais sobre a vida dos homens que estiveram lá durante o Apartheid, além de conhecer todo o histórico do local, que já foi até base militar e colônia de leprosos.
Além desses dois pontos icônicos, alguns outros indicados pelo aplicativo são a Praça Nelson Mandela e o Museu do Apartheid, em Joanesburgo; a escultura Volting Line, em Port Elizabeth, que representa as primeiras eleições democráticas da África do Sul, realizadas em 1994; o local da captura de Mandela, que é chamado de Howik e fica em KwaZulu-Natal, onde há uma bela escultura em sua homenagem; entre muitos outros. É possível percorrer o país e estar sempre acompanhado pela história de Madiba.
“A África do Sul e o mundo devem muito a Mandela, especialmente nesse momento em que estamos vendo tanta injustiça e desigualdade. Lembrar de sua história, e de como superou preconceitos para nos deixar lições preciosas a respeito de amor e perdão é um pouco do que podemos fazer em homenagem a ele”, diz Tatiana Isler, representante do South African Tourism no Brasil.
O aplicativo Madiba’s Journey está disponível para download no iTunes da Apple (para smartphones com sistema iOS) e no Google Play (para Android).