Assim como porteiro de prédio não foi contratado para ser recepcionista de hotel, síndico não tem obrigação de virar gerente geral, e morador não pode ser tratado como hóspede
por Fábio Steinberg*
Os condomínios residenciais andam assustados com os riscos do Airbnb devido ao movimento excessivo e pouco controlado de seus usuários. Preocupam-se com a segurança e eventual desrespeito às normas internas. Reclamam que hóspedes desconhecidos e de alta rotatividade passam a frequentar áreas comuns, até então restritas a moradores regulares.
Alegam que as instalações não foram concebidas para atender a este tipo de demanda, típica de hotelaria. E que funcionários estão sobrecarregados e desvirtuados das funções originais. Assim como porteiro de prédio não foi contratado para ser recepcionista de hotel, síndico não tem obrigação de virar gerente geral, e morador não pode ser tratado como hóspede.
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Aluguel com orgia
Cedo ou tarde os problemas pipocam. Um caso ocorrido com o Airbnb em 2015 na civilizada cidade de Calgary, no Canadá, é até hoje emblemático. Ganhou manchetes internacionais. Três dias depois alugar a casa e sair em viagem, o casal Star e Mark King foi chamado às pressas pelos vizinhos.