As empresas estão mais interessadas em soluções sustentáveis e econômicas. Com esse pensamento em mente, oito alunos da Escola Mario Amato, do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), de São Bernardo do Campo, criaram um produto inovador voltado para a indústria.
EDIÇÃO DO DIÁRIO
Trata-se do reaproveitamento de resíduos descartados na laminação de vidros e incorporação em Policloreto de Vinila (PVC). A professora Ingrid Boscolo foi quem instruiu os alunos, que moeram materiais descartados, como o Polivinilbutiral (PVB), e os misturou com PVC para fazer uma blenda polimérica.
Esse resíduo nada mais é que uma mistura macroscópica de dois ou mais tipos diferentes de polímeros, muito utilizados no para-brisa de carros. Na opinião de Ingrid, a indústria ganha economicamente com o produto.
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“A ideia é tentar reaproveitar esse resíduo, que hoje é descartado pela indústria, e propor um novo uso. E aí qualquer produto em que se usa PVC, a gente poderia colocar um pouco desse resíduo industrial que é o PVB (Polivinilbutiral). Hoje a sociedade usa muita coisa e acaba descartando. Sendo que muitos desses descartes podem ser reciclados em diversos outros produtos. É mais visando a diminuição do impacto ambiental. Imagina em torno de 120 toneladas por mês sendo descartada desse resíduo. Então é um descarte considerável”, explica.
Alerta
Segundo dados do Inventário Estadual de Resíduos Sólidos Urbanos, divulgado anualmente pela Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental), São Bernardo do Campo produziu em seis anos mais de 834 mil toneladas de resíduos sólidos a mais por dia em relação as outras setes cidades da região do ABC Paulista. Em 2010, os municípios somavam quase 2 mil toneladas de resíduos domésticos. Em 2016: 2,8 mil. Tudo isso, tendo em vista o aumento populacional de 7,27%.
