Andréa Nakane, diretora do Mestres da Hospitalidade: “Há muitos amadores no mercado”

Continua depois da publicidade

“Há muitos amadores que assolam o mercado”, defende Andréa Nakane, diretora do Mestres da Hospitalidade e professora universitária, durante entrevista ao DIÁRIO. Segundo ela, este tipo de profissional pode, em diversos momentos, acabar manchando a imagem de toda a atividade. A professora com extenso histórico profissional na área de hotelaria e turismo é a nova entrevistada do quadro PERFIL DT.

Andrea é co-autora do livro Turismo, Hotelaria e Eventos. A arte e a técnica do profissional do setor. (Editora Viena, São Paulo, 2013) e autora do Segurança em Eventos: Não Dá para Ficar Sem! (ditora Aleph, São Paulo), é membro do MPI – Meeting Professional International, capítulo Brasil e vice-presidente de capacitação da Associação dos Embaixadores do Rio de Janeiro.

DIÁRIO – Qual é o principal trabalho da Mestres da Hospitalidade?

Veja também as mais lidas do DT

ANDRÉA NAKANE – A Mestres da Hospitalidade tem como foco de trabalho a oferta de serviços de consultoria completa na elaboração, planejamento e execução de eventos, além da lapidação profissional em diversas áreas de conhecimento, colaborando, assim, para elevar a imagem corporativa das instituições, produtos e/ou serviços, por meio de uma equipe “just-in-time” liderada por duas experientes profissionais das áreas de Comunicação, Marketing, Educação, Hospitalidade e Turismo.

Nosso trabalho tem premissas na essência da Hospitalidade e de Competências Técnicas e Humanas para que seu investimento seja muito mais assertivo e que tenha como foco resultados de encantamento, que propiciem negócios plenos e diferenciações competitivas.

DIÁRIO – É mais difícil trabalhar com hospitalidade em um mercado tão competitivo e apressado, cheio de metas a serem cumpridas?

ANDRÉA NAKANE – Em plena era contemporânea, o mercado como um todo tem usado de todo o poder extraordinário da tecnologia, no intuito de gerar mais atratividade, impacto e conexões.

São novos tempos, novas exigências, novas possibilidades, novas ofertas. Mas há uma que jamais deveria ter sido deixada de lado ou até perdida: o de relacionar-se.

Há muito a área de serviço no Brasil tem deixado a desejar, apesar de contrariamente essa situação chocar-se com a essência hospitaleira, nata da nação. Em algum momento a desatenção, o desleixo e a forma mecanicista de receber tornou-se um padrão, visto do Oiapoque ao Chuí.

E para nossa surpresa, esse comportamento também chegou na própria área da hospitalidade, fragilizando o escopo do desenvolvimento de um cenário de bem estar, que até pode ser emoldurado por mil e uma projeções tecnológicas,uma decoração de impacto, mas fica faltando algo, fica faltando calor humano.

Hotelaria_09_14

E isso não podemos jamais deixar de estimular, já que são as pessoas que representam as empresas, os negócios. E isso é um dos escopos de trabalho da minha empresa. Infelizmente, e, por outro lado, felizmente, não podemos reclamar de falta de clientes.

DIÁRIO – Como conciliar o trabalho em uma empresa como dona, acadêmica e mãe?

ANDRÉA NAKANE – É um grande desafio. Porém, sendo mulher brasileira, acredito que essa força esteja presente em nossa essência.

Certamente gostaria de ter mais tempo para o exercício pleno e tranquilo de todas essas missões que tenho, mas procuro cumprí-las de forma sagaz, com qualidade, sensibilidade e, sobretudo, de forma muito digna, demonstrando que podemos ter êxito sendo íntegros e respeitosos.

Além disso, contar com uma equipe parceira e com a família e amigos, que estão juntos para o que der e vier, também faz toda a diferença.

DIÁRIO – Quais são suas maiores influências como profissional?

ANDRÉA NAKANE – Joana Palhares – jornalista e colunista, a dama do jornalismo turístico; Vera Campaci – hoteleira e proprietária de agência de viagens de luxo; Gilda Fleury Meirelles – RP e Cerimonialista; Marisa Canton – A primeira doutora em Eventos do Brasil; Chieko Aoki – Empresária Hoteleira; Ginha Nader – escritora e guia de turismo.

Ah… e é claro… um homem  no clube da Luluzinha: Walt Disney. Sou apaixonada por sua mente criativa e história de vida. A forma como construiu seu império e sobretudo por seu legado de encantar gerações e gerações, sempre com muita fantasia e árduo trabalho que beira a perfeição.

DIÁRIO – Quais são os maiores obstáculos encontrados no Brasil para a sua área de atuação?

ANDRÉA NAKANE – No que diz respeito ao planejamento e organização de eventos, há muitos amadores que assolam o mercado, o que acaba em diversos momentos maculando a imagem de toda a atividade. Em função disso temos trabalho dobrado para reforçar a integridade e profissionalismo daqueles que realmente tem  know how e expertise apurado.

Já no ambiente acadêmico, a falta de investimentos nos docentes é a grande pedra no calcanhar da Educação e que consequentemente atinge o público universitário, que encontra professores desestimulados e muito pouco ativos como pesquisadores e/ou profissionais do mercado. Como tenho ciência da latente necessidade de atualização, busco investir frequentemente em participações em congressos, feiras, workshops, exposições, cursos EAD, entre outras formas de ampliar networking e conhecimentos, mantendo-se assim em sintonia com a contemporaneidade corporativa, educacional e suas tendências e dessa forma ofertar um melhor compartilhamento com meus discentes.

 

 

 

Publicidade

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Recentes

Publicidade

Mais do DT

Publicidade