Delta Airlines acredita que turbulência será superada

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Uma turbulência que será superada. É assim que a Delta Airlines encara as dificuldades econômicas brasileiras em 2015. A companhia aérea norte-americana vislumbra para o Brasil, seu quarto maior mercado no mundo, um horizonte limpo e claro logo no próximo ano. Por isso, desde o final do ano passado, a administração brasileira da Delta tem reforçado a sua equipe de vendas pelo país com 26 novos profissionais. O objetivo é aproximar a companhia aérea dos clientes e, é claro, aumentar a procura pelos cinco voos que oferece diariamente entre Brasil (São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro) e Estados Unidos (Atlanta, Detroit e Nova York). “Queremos aprimorar a sinergia com a Gol e criar músculo para entrar em 2016 mais robusto”, comenta Luiz Henrique Teixeira, diretor de vendas, fazendo referência também à parceria com a companhia aérea brasileira.

A principal alteração da Delta no setor de vendas está na região sul, onde montou uma equipe própria de profissionais para atuar em Porto Alegre e Curitiba, serviço antes terceirizado. A companhia quer, com uma estrutura maior, fortalecer a presença da marca nos estados do sul e atrair a atenção dos clientes corporativos, seu principal nicho de atuação.  Teixeira revela que a Delta investe na experiência do cliente e que, muito além da publicidade, a propaganda boca-a-boca pode ser uma grande aliada na divulgação da marca.

O ponto de partida para o sucesso da estratégia é Porto Alegre. A capital gaúcha possui conexão direta, através da Gol, com os voos da Delta que saem de Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro. “O cliente tem atendimento Delta do começo ao fim”, complementa Teixeira. Além de reforçar a equipe de vendas, a empresa tem se aproximado dos setores econômicos do interior do Rio Grande do Sul que possuem negócios com os Estados Unidos. São os casos, por exemplo, das indústrias de fumo em Santa Cruz do Sul e das fabricantes de calçados e de aço no Vale do Sinos e região metropolitana.

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Apesar do investimento nas capitais paranaense e gaúcha, Teixeira descarta, ao menos por enquanto, a criação de um voo direto ligando-as com cidades norte-americanas. O empecilho não está na estrutura dos aeroportos nem na falta de slots (vagas de horários para pousos e decolagens) para a criação de uma nova rota. Está mesmo no momento atual da economia brasileira que não garante a demanda necessária para viabilizar a ocupação total dos voos. Ainda que aposte na recuperação da economia brasileira, a Delta prefere, no momento, optar pelos procedimentos de segurança financeira. Assim, por causa da valorização do dólar frente a outras moedas estrangeiras, incluindo o real, os voos para o Brasil vão sofrer um corte de 15% no quatro trimestre deste ano. (Revista Amanhã)

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