O francês Arnaud Le Lanchon, diretor do Grand Amazon Iberostar, assumiu a liderança da embarcação em junho de 2013. Iniciou no grupo Iberostar em 2008 como estagiário, passou por diversos departamentos e trabalhando como garçon no Grand Iberostar do México. Em 2009 passou a chefe de todo A&B (Alimentos e Bebidas) daquele país e em 2010 foi para Cuba, passando um ano e meio como vice-diretor do hotel Park Central em Havana. Em 2012, foi convidado a dirigir o Iberostar Bahia e em 2013 iniciou suas atividades no Grand Amazon Iberostar. O DIÁRIO o entrevistou, acompanhe:
DIÁRIO – Organizações empresariais do mundo todo escolhem hotéis e cruzeiros que exercem práticas equilibradas de uso de recursos naturais, tratamento dos resíduos, reciclagem, em suma, práticas sustentáveis. O Iberostar Grand Amazon, se enquadra nisso?
ARNAULD LE LANCHON – Sim, todas nossas práticas são reconhecidas por organismos públicos que cuidam desse tema. Um exemplo são nossos sistemas de depuração de água, que limpa e depura e retorna ao rio uma água pura de toda a bactéria ou elementos contaminantes. Em navegação buscamos sempre consumir com o baixo rendimento dos motores para diminuir o impacto ambiental e, no que concerne as outras práticas, apoiamos às comunidades ribeirinhas, oferecemos trabalho e mão de obra para centenas de amazonenses.
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DIÁRIO – Quanto foi o faturamento do Iberostar Grand Amazon em 2014 e quanto ele representa em market shair nacional para o grupo?
ARNAULD LE LANCHON – Em torno de 4 milhões de dólares. Cerca de 3,5% do market shair do grupo no Brasil. Trata-se de um produto de excelência, classificado como Grand Collection.
DIÁRIO – Quais os principais investimentos que foram feitos nos últimos anos para manter esse nível de excelência em serviços e produtos?
ARNAULD LE LANCHON – Cheguei em junho de 2013 e já em janeiro de 2014 fizemos a maior reforma na história do navio, modificamos toda a estética, toda a decoração que agora está mais moderna, reformamos os corredores, o restaurante, investimentos na parte dos motores. Compramos dois motores Caterpillar, dois propulsores, uma grande investimento.
DIÁRIO – O navio tem autonomia de quantos dias para um cruzeiro?
ARNAULD LE LANCHON – Quanto ao combustível temos uma autonomia de duas semanas ou uma semana e meia de navegação. No quesito água depende muito da nacionalidade dos hóspedes. Um exemplo: um cruzeiro de quatro dias com brasileiros, no último dia a água começa a faltar. Com estrangeiros, principalmente europeus, fazemos cruzeiros de até sete dias sem termos problema semelhante. É o hábito do banho.
DIÁRIO – Qual o perfil do hóspede do Grand Amazon Iberostar?
ARNAULD LE LANCHON – Não tenho os números de 2005 e 2006. Mas sabemos que a presença de americanos era muito grande. Agora, estamos com 85% de brasileiros, 10% de canadenses e americanos e 5% resto do mundo.