Numa assembleia que durou mais de sete horas, os credores da Avianca Brasil aprovaram na última sexta-feira o plano de recuperação judicial apresentado pela companhia. O plano, que agora será encaminhado para aprovação na Justiça, prevê a criação de sete unidades produtivas isoladas (UPIs), que serão levadas a leilão.
Agências com EDIÇÃO DO DIÁRIO
Seis delas conterão partes dos direitos de pousos e decolagens (“slots”) da Avianca nos aeroportos de Congonhas, Guarulhos e Santos Dumont. A sétima UPI vai englobar o programa de fidelidade da empresa.
As UPIs A e B serão leiloadas, cada uma, com valor mínimo de US$ 70 milhões. A empresa também vai leiloar um conjunto de 3 UPIs pelo valor mínimo de US$ 70 milhões para esse grupo. A dívida da Avianca Brasil está estimada em quase R$ 2,8 bilhões. A Avianca fez ajustes na proposta, atendendo a pedidos feitos por credores durante a primeira parte da assembléia. As mudanças se referiram principalmente à divisão dos recursos arrecadados nos leilões das UPIs.
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Como já era previsto, o montante será inicialmente usado para pagar dívidas trabalhistas. Mas o limite de pagamento, antes de 150 salários mínimos por credor, foi elevado para R$ 650 mil por credor trabalhista.
A Avianca Brasil já recebeu R$ 109 milhões em empréstimos feitos por Azul, Gol e Latam. Esses empréstimos funcionam como uma antecipação do pagamento pelos ativos que irão a leilão e poderão ser descontados do valor de aquisição que cada uma delas venha a fazer. A data do leilão ainda será definida.