Entidades do setor aéreo fazem comunicado para “alinhamento” com governo

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As quatro principais entidades que representam as companhias aéreas que operam no Brasil divulgaram nesta quinta-feira, 8, uma nota em que reforçam pedido de ajuda ao setor, afirmando haver unidade sobre as pautas. O texto diz que, “ao contrário do que tem sido veiculado”, as empresas estão comprometidas com o diálogo com o governo e elogiam disposição do Executivo Federal. Afirmam ainda que seguem empenhadas com medidas como o Voa Brasil.

REDAÇÃO DO DIÁRIO com agências


Esse manifesto acontece após as declarações esta semana do ministro da Fazenda, Fernando Haddad,  ao dizer que não está em discussão um socorro às empresas aéreas “com dinheiro do Tesouro”.

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Segundo o ministro “o que está eventualmente na mesa é viabilizar uma reestruturação do setor, mas que não envolva despesa primária”, afirmou.

Como se divulga, o governo está preocupado com a situação financeira das empresas aéreas, que até hoje não se recuperaram do período mais agudo da pandemia de Covid-19. A situação também tem impacto nos altos preços de passagens registrados recentemente.

Confira a seguir a carta das entidades, na íntegra:

A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR), a Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (ALTA), a International Air Transport Association (IATA) e a Junta de Representantes das Companhias Aéreas Internacionais do Brasil (JURCAIB), que representam mais de 320 empresas aéreas de 120 países, inclusive todas as empresas brasileiras e internacionais que operam no Brasil, esclarecem posição unificada do setor no que tange às pautas de extrema relevância para o modal aéreo e que estão em construtiva discussão com o governo federal.

O setor tem apresentado, por meio de dados, estudos e levantamentos realizados, os principais desafios enfrentados pela aviação brasileira, com o objetivo de desenvolver o mercado aéreo doméstico e, portanto, desenvolver o país econômica e socialmente. Dentre os pontos de relevância para atingir tal objetivo, se destacam o acesso ao crédito doméstico, com a criação de linhas de crédito direcionadas ao setor e a revisão na atual política de preços praticada para o combustível da aviação (QAV), com vistas a reduzir a elevada diferença entre o preço do QAV no Brasil e o preço observado nos demais países do mundo, resultando em um menor custo para se operar aeronaves no mercado doméstico, permitindo aumento de investimentos das empresas.

Ao contrário do que tem sido veiculado, as empresas aéreas brasileiras estão empenhadas no diálogo com o Governo Federal para melhorar o ambiente do setor e o acesso ao transporte aéreo, o que inclui os compromissos como o Programa Voa Brasil.

Reconhecemos o empenho que o governo federal tem desprendido em relação aos pontos acima apresentados e se mostrado sensível às pautas do setor, se dispondo a trabalhar em soluções conjuntas para estes temas, bem como a compreensão sobre o valor estratégico da aviação brasileira como vetor importante para a geração de empregos, o desenvolvimento das regiões menos conectadas e dinamização de setores da economia, como a exemplo do turismo, resultando no desenvolvimento socioeconômico do país como um todo”.

O documento é assinado por Jurema Monteiro (ABEAR), José Ricardo Botelho (ALTA), Dani Oliveira (IATA) e Robson Bertolussi (JURCAIB)

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